TV Guia

CRISTINA NAS MANHÃS

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Setembro está aí, e as televisões preparam-se para estrear as derradeira­s apostas de 2022. Se o ano está ganho para a SIC, é bom ver como vai atuar a TVI, agora com José Eduardo Moniz 100 por cento ao leme – o escudo de Cristina Ferreira, para o bem e para o mal, acabou. Por exemplo, uma das minhas maiores curiosidad­es tem que ver com as manhãs: Dois às 10 irá continuar como está? A dupla Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz correspond­e às expectativ­as do diretor-geral? Tenho sérias dúvidas.

As manhãs não são o horário mais importante numa estação, mas, para mim, e aproveitan­do uma expressão popular, “de manhã é que se começa o dia”. E é aqui que se travam as primeiras horas na guerra das audiências, capazes de criar uma dinâmica de vitória até à noite.

Nessa ótica, Moniz tem de mexer rapidament­e no Dois às 10. Na dupla, nos conteúdos, nos convidados. Cláudio e Maria, que não precisaram de criar empatia porque já a tinham desde o Passadeira Vermelha, evoluíram, sim, não envergonha­m, sim, não fazem mal, sim, mas chegámos a um ponto em que é preciso mais. Serem melhores, indiscutiv­elmente. Não o são.

Dois às 10 faz, no dia 4 de janeiro, dois anos de vida. O balanço é pobre, com muitas derrotas, frente a um adversário da SIC, composto de Diana Chaves e João Baião, “inventado à pressão” por Daniel Oliveira após a saída de Cristina Ferreira para a TVI. Longe de mim ensinar algo a Moniz, mas, se eu mandasse em Queluz de Baixo, em janeiro, apostaria num programa novo nas manhãs, com Cláudio e… Cristina. Sim, Cristina Ferreira. Uma das melhores não pode estar desaprovei­tada, só a fazer o Big Brother aos domingos. Tem de estar em antena de segunda a sexta-feira. O regresso de Cristina às manhãs, o horário que a fez uma estrela, seria o início da caminhada da TVI rumo à liderança, obviamente sustentada com uma grelha mais coerente, dinâmica, atrevida, capaz de romper com o marasmo atual. Foi assim que a SIC, com a apresentad­ora entre as 10:00 e as 13:00, em 2019, se chegou à frente. O “vizinho” era – isso, caro leitor – Cláudio Ramos. Perguntar-me-á: “E a Maria Botelho Moniz?” A pequena fotocópia de Júlia Pinheiro faria bem o Somos Portugal.

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POR PAULO ABREU CHEFE DE REDAÇÃO

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