“APRENDI a relativizar”
O trabalho não abunda, mas a atriz diz que, quando a chamam, se sente viva. Explica que, depois de uma fase menos boa na qual duvidou das suas capacidades, e após alguma introspeção, é feliz com o que tem
Um mês depois de ter completado 55 anos, Helena Laureano diz que se sente “ótima”, após muito se questionar a sua ausência do pequeno ecrã. “Não me vou queixar. Quero só pensar positivo. É assim que encaro a vida. Já estive numa situação complicada, mas não quero mergulhar nisso. Claro que são 55 anos, uma pessoa não vai para nova, mas aprendi a relativizar tudo, depois destes dois anos de Covid-19. Acho que amadureci”, confessa à TV Guia. Quanto à sua ausência do ecrã, a atriz garante não saber explicar: “Agora não estou agora a trabalhar, mas também não posso passar o tempo a pensar nisso.” Helena Laureano, que admite ter tido uma passagem “muito gratificante” pelo programa de comentário social, Passadeira Vermelha, da SIC, teve nas gravações da série Praxx (inspirada no Caso Meco) a sua última participação em ficção. “Foi um convite da Patrícia Sequeira. É um papel pequeno, mas gostei. Faço uma das mães que perde uma filha naquela tragédia. Foi duro, porque o papel assim exigia, mas senti-me viva a trabalhar e meti mãos à obra”, explica, acrescentando: “Confesso que, no início, foi complicado, porque estava a passar por uma fase em que duvidava das minhas capacidades como atriz, mas depois não sei… senti-me realizada. Se calhar, porque foram três anos afastada da representação. Esta travessia menos boa também me permitiu fazer uma introspeção e ver o que há de melhor na vida. Aprendi a seguir o melhor.”
MEDICAMENTOS INCHAVAM-NA
De resto, a última vez que a atriz representou em televisão foi em Golpe de Sorte, altura em que muitas pessoas questionaram a sua imagem. Ela, hoje, explica o que se alterou na sua fisionomia: “Sofro de artrite. É um problema que me afeta e que veio com a pandemia. Na altura, tomava uns medicamentos que me inchavam e por isso é que a minha imagem mudou. Mas já deixei de os tomar. Neste momento, não preciso. Fica assim esclarecido porque estava diferente.”