TRAMADO por ligações perigosas
Pedro Teixeira continua a enfrentar problemas do passado
Ator abriu um novo restaurante, apesar dos sustos recentes com um negócio que correu mal por ter sido vítima da sua “ingenuidade”. Empresa abriu insolvência e tem credores à perna, entre os quais o Benfica. Amigos enganaram-no, fugiram do País e deixaram-no sozinho
Pedro Teixeira, de 41 anos, acaba de investir num novo restaurante no centro de Lisboa. O ator tem divulgado nas redes sociais o espaço Lote D’Avila, bem no coração da cidade, que espera que se revele uma nova fonte de rendimentos e faça esquecer os últimos negócios, que se transformaram num pesadelo e ainda lhe continuam a trazer muitas dores de cabeça e processos na Justiça. Recentemente, a empresa Couragemoment, da qual Pedro é sócio, abriu insolvência e foi alvo de quatro execuções públicas, num valor total de 25 mil euros, mas os problemas não se ficam por aqui. Em tribunal, decorrem ainda pelo menos seis processos movidos por pessoas ou entidades que garantem ter sido lesados em milhares de euros pela firma, propriedade da ex-concorrente da Casa dos Segredos, Daniela Pimenta, e do marido, Pedro Mourato, conforme mostram os documentos obtidos pela TV Guia.
Apesar de Pedro Teixeira ser ‘apenas’ sócio da empresa e não ser obrigado a responder pelas contas da mesma, a verdade é que o ator vê o seu nome “arrastado na lama”, uma vez que foi usado como engodo para que dezenas de pessoas investissem num negócio que, afinal, nunca existiu. Daniela Pimenta e o marido garantiam ter contactos privilegiados com uma grande empresa de cruzeiros, para a colocação de máquinas dispensadoras de protetores solares nas suas embarcações. No entanto, o negócio era uma burla e são muitos os lesados que agora querem reaver o dinheiro investido, entre as quais a Benfica Estádio ou até uma Irmandade Católica, apurou a TV Guia.
Para se demarcar de tudo o que tenha a ver com as burlas do casal, o conhecido ator da TVI – que já garantiu ter sido enganado pelo casal - foi obrigado a contratar os melhores advogados e tenta agora, a todo o custo, distanciar-se dos problemas, mas os processos não param de chegar e Teixeira tem de enfrentá-los sozinho, uma vez que desde que começaram os problemas Daniela Pimenta e o marido deixaram o país, estando agora em paradeiro incerto de forma a fugir à Justiça. “Ele sente-se enganado. Era amigo da Daniela Pimenta e confiou nela. Nunca pensou que isto acabasse assim. É um caso muito sério e grave e ele tem noção disso. Mas tem a consciência tranquila porque nada fez. Foi enganado como
Desde que começaram os problemas, Daniela Pimenta e o marido deixaram Portugal... e Teixeira sozinho.
todos os outros. Tem bom coração e confia demais”, diz uma fonte.
SETE EMPRESAS ABERTAS E CINCO FECHADAS
A televisão, onde atualmente dá cartas como Tomé da novela Festa É Festa, na TVI, é o seu grande talento e rende-lhe milhares de euros através de um contrato de exclusividade. Mas Pedro Teixeira sempre teve o “bichinho” dos negócios e desde cedo começou a investir, ao lado de uma das pessoas em quem mais confia: a irmã Joana. Ao todo, já abriu 12 empresas, sendo que neste momento tem sete em funcionamento e cinco sem atividade. A maioria é no ramo da restauração, mas nas horas vagas, dedica-se ainda à compra e venda de bens imobiliários e também tem uma empresa que tem como principais serviços a comercialização de energia e serviços, venda de sistemas de gestão e controlo de energia e contratos de performance de eficiência energética.
Apesar de os negócios terem a bênção da companheira, Sara Matos, a verdade é que juridicamente, esta mantém-se à margem destes, confirmou a TV Guia.
Com tanta atividade no mundo empresarial, nem tudo têm sido facilidades para o ator. Em 2017, deixou acumular uma dívida de Imposto sobre o Imposto de Valor Acrescentado [IVA] referente a recibos verdes pessoais e de faturação da sua empresa, a Carapau Pintado, no valor de 90 mil euros. Por causa da dívida, chegou a ver o seu Audi Q5 arrestado para penhora, antes de chegar a acordo para pagar o montante em prestações. Mais tarde, em 2019, acabaria por se ver envolvido numa outra polémica devido ao encerramento do restaurante Ofício, em Lisboa, depois de a sociedade do espaço se ter recusado a entregar as chaves do restaurante após o final do contrato de arrendamento, tendo sido apresentada queixa contra os sócios do espaço.
Ainda assim, as polémicas não demovem Pedro Teixeira, que continua a acreditar e a investir em restaurantes. No entanto, parece ter aprendido com os erros e agora já só confia na família para os seus projetos. Afinal, amigos, amigos… negócios à parte. ●