Psicólogo não se ARREPENDE do passado
Após ser expulso do casamento do filho e sovado por Gabriel, o médico faz uma autoanálise onde se vê como um herói. Deixa um recado ao filho num gravador pouco antes de morrer de ataque cardíaco
Frederico (Diogo Infante) está sozinho em casa. Depois de ter sido corrido do casamento do filho Matias (João Bettencourt), e de ter sido agredido por Gabriel (Thiago Rodrigues). Sente-se só, abandonado... mas vitorioso face às mulheres que fizeram parte da sua vida. “Foram escolhidas por mim. Ambas. A Natália (Fernanda Serrano), sem se dar conta… a Rita (Margarida Corceiro), achando que me estava a usar, quando percebi a fragilidade dela no primeiro segundo”, diz para um dos gravadores que usa sempre que faz reflexões sobre a sua vida. “Se me aproveitei de alguma delas? É realmente aproveitamento uma pessoa deixar-se amar? Dedicar-se de corpo e alma a outra? Não me parece. Sempre tive uma enorme capacidade de compreender os outros...”, diz... ficando depois a olhar para o vazio recordando a relação violenta que o seu pai tinha para com a sua mãe. Acaba por ter a consciência de que depois do que lhe aconteceu em casa de Ana (São José Lapa) pode dizer que foi a última vez que viu o filho, que nem sempre tratou da melhor forma. “Não me apagues da tua vida, Matias. Não mereço e sofro com a ausência de notícias tuas. Fico à espera que me ligues. Um beijo ao Tomás
(Diogo Carvalho), outro para ti, do teu pai muito amigo, Frederico” diz ele antes de desligar o gravador.
Depois decide sair de casa. Sente-se abatido, mas recusa-se a sentir-se frágil mesmo sabendo que pode ser condenado por assédio às suas alunas e pela morte de uma outra graças ao depoimento de Rita em tribunal. Mete-se no carro e mesmo não se sentido bem segue em frente.
Horas depois, Matias, Natália e Rita ficam a saber pela polícia que Frederico morreu de ataque cardíaco enquanto conduzia. O filho é o único que lamenta a morte do psicólogo. ●