Dinheiro, amor e a VERDADE
A irmã do mais polémico e ao mesmo tempo mais amado concorrente desta edição do Big Brother diz que Miguel entrou focado em não se envolver. O algarvio sabe que o amor estraga o jogo e a família está atenta aos sinais. Os pais vão manter-se anónimos, mas aparecem se houver perigo
Miguel Vicente, o concorrente de 28 anos que veio de Martinlongo, uma freguesia pobre e perdida na serra algarvia, está a provocar uma verdadeira loucura a nível nacional. O seu grau de popularidade disparou ainda mais quando passou do papel do vilão odiado na casa mais vigiada de Portugal para o de romântico apaixonado pela sua Barbie loira, a nortenha Bárbara Parada, de 21. O fenómeno é tão avassalador que até Emília Vicente, a irmã caçula do concorrente do Big Brother fica abismada.
“Já nos apercebemos de que aquilo que as pessoas, os fãs, já gastaram em chamadas e aviões para o Miguel extravasa o valor do prémio final (25 mil euros)”, assegura, em exclusivo à TV Guia, descrevendo a sua enorme estupefação: “Já foram gastos muitos milhares de euros! Só em aviões foram 34, o próprio Miguel já fez a conta. Amanhã vai ser enviado outro. São 350 euros por cada avião, a conta já vai (à data da nossa conversa com Emília, em Faro) em 12 mil euros. É muito dinheiro!”
A toda esta loucura em torno do irmão com as aeronaves, Emília Vicente, que estuda Gestão de Empresas em Faro, contabiliza ainda a forma de apoio do público fiel do BB que mais conta para as estatísticas, aquela que dita quem fica na casa e quem será expulso do reality show. “E tem ainda os valores gastos com as chamadas telefónicas. Os fãs contribuem com dinheiro para packs para chamadas. Nós fazemos essa gestão dos telefonemas e apresentamos as contas todas online. São dezenas de milhares de euros gastos pelas pessoas para expulsar alguns concorrentes e garantir a permanência do Miguel”, salienta, estarrecida com a onda de apoio ao algarvio.
ATACADO E DE VOLTA AO JOGO
Emília acredita também que uma das coisas que mais têm contribuído para acicatar o amor e ódio pelo irmão tem sido os comentários dos “especialistas” nos Extra do BB. “Sem entrar em nomes de comentadores, falta ali um filtro muito grande em tudo. O Miguel tem sido objeto de faltas de respeito, atacado e rotulado como objeto sexual. Foram vários os comentadores a serem desagradáveis. É grave! E agora, em tudo o que possa ser positivo, como esta questão da relação do Miguel com a Bárbara, só veem coisas negativas”, acusa. Confirmando que “o Miguel é muito emocional e tem o coração na boca”, a irmã defende-o, explica se vai ou não haver romance com Bárbara e esclarece todo o jogo do mano mais velho: “Ao haver um relacionamento, e ao gostar de alguém, ele podia quebrar ali um bocadinho o racional e o conteúdo das coisas que quer fazer lá dentro.” À nossa revista, Emília deixa outra garantia: “Ele não está a quebrar enquanto jogador, porque continua a dar cartas e a divertir-nos. Se é com a mesma intensidade que estava? Não, porque é notório que tem de dar tempo para as várias vertentes. Mas ele definiu, logo ao início e antes de entrar no BB, que não ia ter nada com ninguém ali dentro por essa razão. Poderia perder-se um bocadinho no jogo. O que eu acho que não está a acontecer. Esta semana ele vai-se alegrar e dar de novo a volta por cima. E não pensem que a família tem informações privilegiadas. É o nosso feeling.”
Questionada sobre como em casa os pais veem um potencial romance com Bárbara Parada, a jovem de Vila Nova de Gaia, Emí
lia esclarece: “Nós, família, vemos a Bárbara e o Miguel como pessoas, que são concorrentes, e têm muitas facetas. Eles estão ali e não podem fugir muito à vida real. Quanto à Bárbara em si, a gente não a conhece... Conhecemos o Miguel e ele está feliz. Ela é uma rapariga bonita e inteli
gente e sabe muito bem o que é o jogo. Se é verdadeira ou não… O Miguel está feliz, isso é que prevalece. Nós não temos de nos envolver nisso.”
PAIS VÃO DAR A CARA
Os pais de Miguel Vicente, para já, vão manter-se afastados dos holofotes, mas tudo pode mudar. “Os meus pais são pessoas bastante simples e querem a privacidade deles. Vão aparecer numa gala. Estão preparados para dar o corpo ao manifesto, e querem fazê-lo”, assegura à TV Guia, explicando quem são, afinal, os seus misteriosos progenitores, que vivem isolados num monte ao redor de Martinlongo, são ambos caçadores… e gostam pouco de visitas inesperadas: “Os nossos pais trabalham juntos, têm uma empresa agropecuária e fazem intervenções no terreno. Todo o tipo de trabalhos inerentes à terra: plantações, desflorestações, limpezas, rações para animais. Agora estão a trabalhar na parte das energias renováveis, com um projeto fotovoltaico. São muito multifacetados.”
E como filho de peixe sabe nadar, o irmão, de 28 anos, que é formado em Educação Física e Desporto, também agarra tudo o que pode para trabalhar, seja em que ofício ou área for. “O Miguel teve um restaurante. Depois, com a Covid, fechou-o e esteve a trabalhar com os nossos pais. Não havia mão de obra e o Miguel carregou carrinhos de mão com pedras, fez cimento, abriu valas, levantou paredes, montou vedações. Também já fez jardinagem, andou a cortar flores. Ele é sempre o primeiro a chegar-se à frente.
É muito empenhado e tenta fazer sempre bem feito”, garante.
NAMORO À VISTA
Mas será que é empenhado no trabalho e no amor? Quis saber a TV Guia. E a resposta desilude no segundo capítulo e poderá não dar assim tanto canal. “O Miguel é uma pessoa que quem o tem como amigo tem tudo. Ele, quando se apaixona ou se interessa por alguém, de facto, entrega-se completamente e é isso que temos vindo a ver. O que estamos a ver na televisão é efetivamente o meu irmão a entregar-se a alguém”, garante, mas com um “senão”: “Ele respeita tanto uma rapariga – nem estou a falar da Bárbara em concreto, estou a falar das raparigas em geral – que depois acaba por desapontar, de certa maneira. Se eles têm alguma coisa, ou não? Acho que eles têm de ser felizes e o resto é com eles. É notório que se estão a apaixonar”, remata, com simpatia, a mana Emília. ●
“Ele respeita tanto uma rapariga (e estou a falar de uma forma geral) que depois acaba por desapontar de certa maneira”