“Gosto da vida, AMO o que faço”
O apresentador não pára um segundo. E a família lá se vai queixando das suas ausências e da sua vida louca. Ele promete compensá-la com muito amor, mas isso não quer dizer que vá abrandar o ritmo
Casa Feliz, Patrões Fora, Domingão e uma peça de teatro, Monólogos da Bacina. Foi assim que João Baião, de 59 anos, dividiu a sua vida em 2022. E vai ser assim que vai continuar em 2023. “O ano que passou foi dos melhores da minha vida. Foi incrível! Foi tudo para além de todas as expectativas criadas”, garante o apresentador da SIC à TV Guia, minutos antes de mais um direto do Domingão.
Porém, esta atividade tem um preço. Algo que o ator está mais do que habituado: o tempo desaparece nas suas mãos. Por isso, diz ter tudo “muito organizadinho”: “Tenho muita coisa na cabeça, mas tenho também uma equipa de pessoas, não é grande, que me ajuda.” Alguns deles estão com a sua enorme quantidade de animais de estimação, no Cartaxo, um um dos seu motivos de orgulho. “Não são todos lindos? Mas não sei quantos já tenho”, conta, a rir. “Esta semana, nasceram mais dois: uma burrinha, a quem chamei Julianam e um Lhama. São lindos…”
Quem se queixa mais desta vida de Baião é, claro, a família. Mas, para ele, isso não é novidade. “Já a minha mãe dizia, antes de partir, que eu não lhe ligava muito, embora lhe ligasse todos os dias. Mas, de facto, falha sempre qualquer coisa”, reconhece: “Não visito tanto a minha irmã gémea e os meus sobrinhos. Não janto tantas vezes com ela… É verdade. Ela até reclama e diz-me que não lhe ligo nenhuma. Tenho menos tempo, até para os meus animais. Mas ninguém é nada sozinho e devo-lhes muito e o meu amor. Quando há tempo – que não sei se sabem, mas fabrico – vai todo para eles.”
Felizmente, a estrela da SIC tem um depósito ilimitado de energia que lhe permite fazer programas, peças de teatro e ainda organizar toda a sua vida pessoal. Ele ri-se quando a TV Guia lhe pergunta qualéo segredo .“Não há! Gosto david a, amo o que faço. E para o ano vou fazer 60 e quero continuar e abraçaras pessoas eaman ter-me assim. Eé isso que me faz ter energia.” Claro que ajuda parar de vez em quando. “Essa é outra parte do segredo. Mas quando viajo, quando meto férias, confesso que nunca consigo mesmo desligar. Tenho de ter pontos de contacto com a minha vida normal… com o que faço. Tenho de estar sempre em contacto com as pessoas daqui, com a minha Diana [Chaves], com a nossa realidade…”
Mas como uma vida tão agitada não ansiará o apresentador da estação de Paço de Arcos por mais dias de paz? Não, esse nãoéo desejo de João Baião para 2023. “O mais importante éter saúde. Ao longo destes meses, perdi muitos amigos que estavam bem e, portanto, o que peço é saúde, para mim e para os meus. E muita vitalidade”.
EMPATIA E MUITOS AMIGOS
De resto, Diana Chaves passou a ser a sua grande compincha, ou não fosse a sua
grande parceira nas manhãs da SIC. “Estes dois anos de Casa Feliz têm sido fabulosos”, começa por dizer. “Ela não é linda? Pois é! Temos uma empatia enorme. Hoje, passado este tempo todo, percebo que somos completamente diferentes, mas as coisas ligaram bem. Aprendemos a olhar um para o outro, ter disponibilidade para assumir as nossas diferenças e fragilidades. Encaixa tudo naturalmente, e agora é continuar a deixar a coisa acontecer”, explica o apresentador, feliz com os resultados do programa, que tem vencido a concorrência na TVI, de Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz, na maioria dos dias: “Dizer que não ligo às audiências é mentira. Quando se trabalha, como eu trabalho, o desejo é captar o maior número de pessoas. Sinto que estamos a conseguir isso e que chegámos ao coração delas. Quando faço teatro, no final, fico sempre um bocadinho com o público, que vem falar da Casa Feliz. Enchem-me de mimos e mandam sempre beijinhos para a Diana. Isto prova que chegámos às pessoas.”
João Baião garante que não vê as duplas Cláudio Ramos/Maria Botelho Moniz e Sónia Araújo/Jorge Gabriel (RTP1) como rivais. “Não tenho. Cada um tem a sua linguagem e depois o público é que escolhe. Todos tentamos fazer o melhor.” ●