Uma mulher sem DONO
SÍLVIA RIZZO REVOLTADA COM A FALTA DE LIBERDADE ENTRE AS ESTAÇÕES DE TV
Aos 55 anos, e quase em exclusividade na TVI desde 2008, Sílvia Rizzo mostra ter coragem para dizer o que pensa.
Numa conversa com Rui Unas, a atriz de Festa É Festa revela não fazer sentido que um ator não possa ir a outro canal concorrente quando é convidado. O colega fala em “tribos” que não se misturam e ela acrescenta: “Não sou propriedade de ninguém”
Sílvia Rizzo, de 55 anos, está revoltada e não se conforma com a guerra entre as televisões privadas em Portugal. “Isso de não poder ir a outro canal não faz sentido nenhum”, disse, em conversa com Rui Unas, de 48, no podcast Maluco Beleza. O ator da SIC concordou com a colega e amiga e disparou: “É uma valente merda haver estas duas tribos e não nos podermos misturar.” O tema mexe bastante com a estrela de Festa É Festa e no programa com o comediante foi mais longe: “Lutei contra isto no início. E às vezes quando ia [a outra estação concorrente da sua, a TVI] só informava, não pedia autorização. Não tinha de pedir autorização, porque não sou propriedade de ninguém. Há coisas que não fazem sentido – qual é o mal de estar naquele projeto do outro lado? Mas, mesmo assim, posso vir ao Maluco Beleza, ir ao BBC Vida Selvagem. Posso lá ir fazer uma perninha.”
ADORAVA IR BRINCAR AO VALE TUDO
O que Rui Unas garante que adorava era ver a amiga da TVI num certo programa da concorrência da SIC. “Gostava de te ver no Vale Tudo [apresentado por João Manzarra aos domingos à noite]”, desafia, não ficando sem resposta da colega: “Eu adorava, é daquelas coisas desafiantes e muito divertidas.”
Sílvia Rizzo, que tem trabalhado de forma continuada na TVI desde 2008, apesar de fazer alguns trabalhos pontuais para a RTP, como a minissérie Pôr do Sol, esclarece que o dever de respeito para quem lhe paga o ordenado ao fim do mês é essencial, mas não deve bloquear a liberdade aos profissionais. “Claro que devemos respeitar a casa onde estamos a trabalhar. Mas se formos a outro canal, não estamos a denegrir nada.” ●