AMOR BANDIDO?
Aos 42 anos, Paolla Oliveira surpreende no papel de uma mulher à frente de uma editora discográfica, cuja namorada, interpretada por Nanda Costa, é uma dos quatro protagonistas que são presos no mesmo dia
EM “JUSTIÇA 2”, AS ATRIZES INTERPRETAM UM CASAL LÉSBICO
Jordana (Paolla Oliveira) é dona de uma editora discográfica de música sertaneja e forró que se envolve com Milena (Nanda Costa), uma aspirante a cantora que acaba por ser presa acusada de homicídio. Ela é uma das quatro pessoas detidas no mesmo dia, a par de Balthazar (Juan Paiva), Jaime (Murilo Benício) e Geíza (Belize Pombal). A atriz paulista – que a 14 de abril fez 42 anos e que também podemos (re)ver como Paloma na novela “Amor à Vida”, de segunda a sexta-feira, às 21.25 h, na Globo –, fala-nos da nova temporada de “Justiça”, série já disponível na Globoplay.
Integra o elenco de “Justiça 2”, como está a correr a experiência?
Uma maravilha! Adoro fazer novela, mas a série “Justiça 2” é especial. E a minha personagem, a Jordana, é um verdadeiro presente. Aliás, todas as personagens da série saem do maniqueísmo, não há vilões nem bonzinhos.
Como descreve a série?
O mote é muito especial, pois trata-se de saber reorganizar a vida de quem foi preso ou de quem cometeu algo e continua em liberdade...
Fale-nos um pouco mais sobre a sua Jordana...
É uma empresária de sucesso do ramo da música sertaneja. Possui uma personalidade complexa, com muita segurança no trabalho, mas com um lado pessoal frágil e dependente. Sem dúvida, a sua principal característica é o egocentrismo, que a faz agir sempre em benefício próprio, sem se importar com qualquer tipo de consequências.
Que sentimentos é que esta série desperta?
O que é justiça? Qual é a perspetiva de justiça? São questões para que todos reflitam nelas.
O que significa justiça para a sua personagem?
A justiça para a Jordana é fazer o que a beneficia a si mesma.
Houve alguma preparação especial para interpretar este papel?
Ela mexe-se muito pouco. Para um ator conseguir segurar a energia, ainda mais eu que sou muito agitada, é um esforço. As pessoas vão ver em casa e pensar: “Nossa, ela está tão diferente”. Mas é tudo pensado, exatamente para ter mistério e sair do lugar-comum. Eu e Nanda [Costa] temos muitas cenas juntas. E dizíamos uma à outra: “Não consigo não me mexer”. Uma ficava olhando a outra e ajudando para conseguirmos manter a pose (risos).
Discreto, Tiago entra no quarto de Cacau. Mal o vê, ela reconhece-o e deixa-o de sorriso nos lábios. Mas acaba por admitir: “Apenas reconheci o seu rosto. Ontem comecei a ver imagens que não sabia se eram reais ou uma invenção do meu cérebro, mas agora que o vi...” “Posso saber que recordação nossa te veio à cabeça?”, pergunta o filho de Júlia. Envergonhada, a irmã de Sal baixa a cara e apenas lhe pede: “Conte-me antes quem sou eu e o que é que somos um ao outro?” “O que te diz o teu coração sobre isso?”, riposta Tiago, agarrando-lhe na mão para ver se a ajuda. Em seguida, ele tenta ajudá-la a reavivar a memória. “És chocolateira, mas fazes um pouco de tudo. És tu que plantas o teu próprio cacau e que crias todas as receitas da fábrica onde trabalhas. Quer dizer que a tua memória volta por associação de ideias?”, questiona o rapaz. Confusa, Cacau encolhe os ombros e ele decide fazer uma experiência. Assim, beija-a com paixão e ela corresponde. “O que diz o teu coração agora?”, pergunta o amigo de Martim. “Isto é muito confuso”, responde a rapariga, cada vez mais perturbada. “Diz-me só o que sentes. Se disseres que te sou indiferente, prometo que me vou embora e que te deixo viver a tua vida em paz. Mas passaste por um período difícil, perdeste a memória. Se me disseres que ainda gostas de mim, não me importa que tenhas tido um filho com outra pessoa. Tu és a mulher da minha vida e estou disposto a tudo para ficar contigo. Só preciso de saber que ainda me amas”, suplica. Ela olha-o, emocionada e quando vai para se declarar a porta abre-se. Marco e Regina entram e ficam em choque ao ver ali o rapaz. “O que é que fazes aqui, otário?”, pergunta o empresário. “Não se metam, isto é entre mim e ela”, responde o filho de Salomão, mas o rival agarra-o pelos dois braços: “Enganas-te, porque agora eu e ela somos um só. E tudo o que lhe diz respeito a ela, diz-me a mim também”. Cacau pede-lhe que não discutam e o rapaz acaba por dizer: “Tudo bem, vou embora, mas por respeito à Cacau que está cá porque precisa e não por
que tenha medo de ti. Regina, sei que só quer o melhor para ela, mas tem de saber que se alinhar com o Marco, um dia vai arrepender-se. Ele não é homem para ela. Aliás, não é homem para ninguém”. O ex-namorado de Vitória está cada vez mais enervado, enquanto Tiago se despede da amada: “Eu vou, mas volto”, promete, deixando-a emocionada. “Só por cima do meu cadáver”, insiste Marco, saindo atrás do rival.