OLHOS POSTOS NO AREAL
Entre um mergulho numa das bonitas praias de água cristalina e uma pausa para saborear um peixe grelhado
Imortalizada pela voz de Rui Veloso, a Ilha do Pessegueiro é um dos primeiros pontos de visita, quando se chega à pitoresca vila de Porto Covo, conhecida pelas casas pintadas de branco com a tradicional risca azul. Há passeios de barco que nos levam até lá, mas também se pode ficar em terra firme, perto do forte, mandado construir por D. Pedro II, no século XVII, avistando-o a uma curta distância.
Com a chegada do bom tempo e o calor a pedir um mergulho (com cautela, até porque a época balnear ainda não começou oficialmente), nada melhor do refrescar-se nas águas cristalinas de uma das mais bonitas praias da zona, como a Praia Grande ou a Praia do Banho (deve o nome aos tradicionais banhos de 29 de agosto). Já os mais prudentes, ou friorentos, podem começar o passeio em frente à Igreja da Nossa Senhora da Soledade, na Praça Marquês de Pombal, no novíssimo restaurante-bar Abranda, a petiscar, acompanhado de um copo de vinho, um dos pitéus da ementa.
Dali, basta descer em direção ao mar, até ao miradouro, e ficar a ver dos melhores pores do Sol desta região, integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. De visita obrigatória é o Lamelas, chefiado por Ana Moura, que entrou recentemente para a lista de restaurantes recomendados do Guia Michelin Portugal. Não abuse das entradas, porque há que guardar apetite para os pratos principais, em que se destacam o arroz cremoso de peixe e camarão e a açorda alentejana, com linguado frito e ovo escalfado.
A cerca de 15 minutos de distância, Sines é o próximo destino. E vale a viagem, seja pelas praias ao longo da estrada marginal – umas com grandes areais, outras mais pequenas, enquadradas pela falésia – seja pelos bons restaurantes. Convém avisar que o Bejinha só serve almoços e não aceita reservas, não se estranhando, portanto, que a partir das 11h45 já haja clientes à porta a aguardar pela vez. Mas vale cada minuto de espera. A melhor forma de se saber o que há disponível é espreitar a banca de peixe fresco, a maioria para grelhar, ou então deixar-se ficar nas mãos de João Beja, que, com o pai Carlos, gere esta casa desde 2006, quando era apenas um snack-bar de apoio à Docapesca.
Até ao castelo, a pequena (mas íngreme) subida ajuda-nos a fazer a digestão do repasto. Já dentro das muralhas, além da vista sobre a Praia Vasco da Gama, conseguimos ter uma perspetiva da cidade que é palco, desde 1999, do Festival Músicas do Mundo.
— DORMIR
O Lugar
R. 25 de Abril, 7C, Porto Covo > T. 96 580 0557 > a partir €90
Monte da Bemposta
Porto Covo > T. 96 451 3088 > a partir €100
Sines Sea View
Business & Leisure
R. Nau São Miguel, Sines > T. 269 038 980 > a partir €135
— COMER
Arte e Sal
Peixe fresco, servido grelhado e em pratos mais elaborados
Praia de Morgavel, S. Torpes > T. 269 869 125
Bejinha
Docapesca de Sines
> T. 91 504 8904
Abranda
Lg. Marquês de Pombal,
15, Porto Covo > T. 96 580 0557
Lamelas
R. Cândido da Silva, 55A, Porto Covo > T. 92 406 0426
— EXPLORAR
Trilho dos Pescadores Partida junto ao miradouro da vila, estendendo-se por dez quilómetros, ligando Porto Covo a São Torpes Castelo e Museu de Sines Lg. Poeta Bocage