A Faiança Azul de Safra da Fábrica de Miragaia
Porto Fazer #2
No edifício da Culturgest, Frederico Duarte e Vera Sacchetti propõem um olhar sobre os territórios do design em Portugal, das políticas locais à cidadania ou à indústria têxtil, e de que modo a disciplina contribui para as grandes transformações sociais. Fazem-no primeiro com uma exposição, depois com a edição em papel de uma revista (o mesmo já tinha sido acontecido em Lisboa, em Fazer #1). O segundo número da Fazer será lançado no dia 11 de maio, às 16h30. A 12 de maio, último dia da mostra, haverá uma visita guiada, às 14h30, com os curadores e críticos de design.
Culturgest > até 12 mai, ter-dom 13h-18h > grátis
Ensaios de uma Coleção
Na Galeria Municipal do Porto, uma nova exposição vem mostrar as mais recentes aquisições para a Coleção de Arte Municipal, que desde 2018 tem vindo a dinamizar o seu núcleo de arte contemporânea através da compra anual direta a artistas e a galerias da cidade. No conjunto agora apresentado estão trabalhos de 38 artistas e coletivos, como Ana Hatherly, António Manso Preto, Bruno Zhu, Diana Policarpo & Odete, Janaína Wagner, Júlia Ventura, S4RA, Vasco Araújo, Von Calhau! e Xavier Paes. A exposição cruza diversos temas, gerações e maneiras de fazer arte, seja através da pintura, do ¥lme documental, da fotogra¥a ou de colagens.
Galeria Municipal do Porto > até 19 mai, ter-dom 10h-18h > grátis
Espanto
Que relações podem estabelecer-se entre a arte contemporânea, a antropologia e a etnogra¥a? São várias, entre inclusão, liberdade, transversalidade e até sentido de humor. Espanto, patente na Casa Comum, reúne meia centena de obras da Coleção Norlinda e José Lima em diálogo com uma seleção de objetos e artefactos do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto. Artistas como Donald Baechler, José Chambel, André Cepeda, Sara Bichão, Susanne Themlitz, Anish Kapoor, Dan Graham e Rui Chafes estão representados nesta exposição que reúne fotogra¥a, vídeo, instalação, pintura e escultura, mas também desenhos de arte rupestre, escaravelhos, tamancos e uma armadilha de pássaro.
Casa Comum, Reitoria da Universidade do Porto > até 31 ago, seg-sex 10h-13h, 14h3017h30, sáb 15h-18h > grátis
Pré/Pós – Declinações Visuais do 25 de Abril
Acertando o passo com os 50 anos da Revolução dos Cravos, a Fundação de Serralves regista como o universo das artes re®etiu as experiências e os sentimentos que marcaram os períodos anterior e posterior ao 25 de Abril. Num arco cronológico
1970 a 1977, esta exposição reúne mais de 300 trabalhos em suportes tão variados como a pintura, a escultura, a fotogra¥a, o ¥lme, a gravura, a instalação, o cartaz e a edição de livros e revistas, dando visibilidade a obras e a artistas pouco conhecidos. A curadoria é de Miguel von Hafe Pérez.
Museu de Serralves > 24 abr-20 out, seg-sex 10h-18h, sáb-dom 10h-20h > €20 (bilhete geral), grátis 1.º dom mês 10h-13h
Coleção Peter Meeker: Obras de 1982-2019
Para celebrar o seu quarto aniversário, a Casa São Roque apresenta uma seleção de obras da coleção de
Peter Meeker (Pedro Álvares Ribeiro), iniciada nos anos 1980, e que abarca mais de 600 peças de 40 artistas, de âmbito geográco singular. A exposição reúne um conjunto de nomes – portugueses, espanhóis e polacos – de diferentes gerações, que cresceram em países que tiveram regimes repressivos e ditatoriais, estabelecendo anidades e distâncias.
Casa São Roque > até 31 mai, seg, qua-dom 13h30-19h > €8
Yayoi Kusama: 1945-Hoje
O universo profusamente colorido e repleto de bolinhas (polka dots) de Yayoi Kusama é cativante e divertido, mas esta estética singular da artista japonesa, que usou a arte como forma de cura, não é alheia a preocupações ambientais, sociais e políticas. O Museu de Serralves expõe cerca de 160 trabalhos de Kusama, desde os desenhos
feitos na adolescência, durante a II Guerra Mundial (que tanto a marcou), às salas imersivas criadas mais recentemente e que fazem as delícias do público. A partir do dia 22 de abril, a exposição estende-se ao Parque de Serralves, que acolherá grandes esculturas, as icónicas Pumpkins e, no lago, a obra Narcissus Garden. J.L.
Museu de Serralves > até 29 set, seg-sex 10h-18h, sáb-dom 10h-20h > €20 (bilhete geral), grátis 1.º dom mês 10h-13h
MFA – Mostra de Fotografia e Autores
A história recente de Portugal e as lutas pela liberdade noutras geograas contam-se através do trabalho de
126 fotógrafos nacionais e estrangeiros no Clube Fenianos Portuenses. A MFA junta 19 exposições de fotograa, quatro delas coletivas, e uma exposição com os melhores cartoons de 2023 de Cristina Sampaio.
Clube Fenianos Portuenses > até 11 mai, seg-sáb 13h-23h > grátis
The Way to the High Mountain
Eldad Rafaeli nasceu em Israel, há 60 anos. Publicou as suas fotograas, desde 1991, em diversos jornais e revistas de todo o mundo e armou-se, depois, mais como artista visual, divulgador (foi um dos fundadores, em 2009, do Festival Internacional de Fotograa de Israel) e professor. Esta sua primeira exposição individual em Portugal não funciona só como mais uma antologia do seu trabalho ao longo de 40 anos, sobretudo em Israel e no Médio Oriente. Foi especialmente concebida para o Centro Português de Fotograa, inclui uma instalação audiovisual e uma secção em que o fotógrafo/ artista re¥ete sobre o tema da morte. P.D.A.
Centro Português de Fotogra a > até 23 jun, ter-sex 10h-18h, sáb-dom e feriados 15h-19h > grátis
Quem Canta o Mal Espanta | A Cantiga É Uma Arma
Em colaboração com o arquivo Ephemera, de José Pacheco Pereira, construiu-se esta exposição documental sobre a revista Mundo da Canção. O projeto fundado por Avelino Tavares foi muito mais do que uma revista de música (o primeiro número saiu a 19 de dezembro de 1969), tendo tido um papel na história da Revolução de Abril. Esta é também uma forma de homenagear o seu fundador, que acompanhou a elaboração da exposição, mas que não pôde vê-la – Avelino
Tavares morreu em setembro de 2023.
Mira Fórum > até 8 jun, qua-sáb 15h-19h > grátis
Na sua extensa coleção de cerâmica, o Museu Nacional Soares dos Reis preserva cerca de 180 peças produzidas na Fábrica de Louça de Miragaia, no Porto, que laborou entre 1775 e 1850. As faianças azul de safra, assim denominadas devido à tonalidade da cor do seu vidrado e semelhantes na forma e/ou na decoração às loiças que se importavam de Inglaterra, são agora objeto de uma exposição temporária. Os exemplares, datados de 1755 a 1822, dialogam com outras peças das coleções do museu, nomeadamente de pintura, desenho e gravura da época.
Museu Nacional Soares dos Reis > até 23 jun, ter-dom 10h-18h > €8, dom e feriados grátis