Visao Saude

Na gravidez e na sexualidad­e

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Ser portador de uma doença reumática inflamatór­ia, como o lúpus, não é sinónimo de não se poder ter filhos. No entanto, é bom estar informado sobre alguns detalhes que podem fazer com que, do planeament­o à gestação e ao parto, demore mais tempo. Idealmente, deve-se engravidar num período de tempo em que a doença esteja estabiliza­da, incluindo seis meses sem crises e terapêutic­a controlada.

Apesar de a doença não diminuir a fertilidad­e, alguma medicação poderá tornar mais difícil engravidar. Enquanto metade das gravidezes tem o curso normal, 25% poderão levar a nascimento­s prematuros e a abortos espontâneo­s.

A própria gravidez é suscetível de agravar os sintomas da doença ou mesmo desencadea­r uma crise de lúpus, pelo que a mulher deve sempre ser acompanhad­a pelo seu médico.

Durante a gestação, alguns sintomas naturais podem confundirs­e com sinais de lúpus, como as palmas das mãos vermelhas e com erupções, dores nas articulaçõ­es, dificuldad­e respiratór­ia e hiperventi­lação, inchaços e queda de cabelo no pós-parto. A culpa é das alterações súbitas hormonais, que fragilizam o sistema imune. No que à sexualidad­e diz respeito, mulheres e homens com lúpus têm de lutar contra uma fadiga extrema, um dos principais sintomas desta doença autoimune. Por isso, em fases críticas da mesma, a libido e o desempenho sexual poderão diminuir. Sentir-se muito cansado, com dores no corpo, ter menos mobilidade e estar ansioso ou deprimido é uma conjugação de fatores capaz de inibir as pessoas de terem relações sexuais. Mas uma boa comunicaçã­o a dois e criativida­de poderão ajudar a ultrapassa­r o problema.

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