Imperdíveis
Está aberta a saison espanhola do programa fora de portas do museu Galliera (que seguirá com Spanish Costumes from dark to bright na Maison Victor Hugo, a inaugurar em junho, e terminará com Mariano Fortuny no remodelado palácio Galliera). Homenagem ao couturier de todos os couturiers, CRISTÓBAL BALENCIAGA (1895-1972), e aos tons de negro que ajudaram na magia poderosa das suas peças de Alta-costura (da coleção do museu e dos arquivos da Casa-mãe da marca) inspirados na tradição espanhola e na inspiração monástica – e que aparecem aqui em diálogo com as esculturas de Portzamparc, do século XIX e início do XX. Para ele, o preto era mais do que ausência cor, porque After Dinner nela via todas as outras e uma
Games de Irving forma de jogar com a luz.
Penn, 1947. E passados 100 anos desde o nascimento de um dos maiores, e mais generosos, fotógrafos da História, é obrigatório ir ver a megarretrospetiva de IRVING
PENN. Muito próximo da Vogue, dele são os memoráveis still lifes que conhecemos, cheios de detalhes, candura e ironia, e que ainda hoje inspiram tantos outros, mas também retratos belíssimos de celebridades e artistas, como de estranhos, e imagens de Moda únicas, que podemos agora ver numa exposição onde estão os 150 exemplares do acervo do artista que a fundação Irving Penn ofereceu ao Met.
Um lado desconhecido e mundano de outro fotógrafo maior, ROBERT DOISNEAU, é revelado numa exposição em Versalhes – as reportagens que fez para a Vogue Paris, em exclusivo, de 1949 aos anos 60, num contrato proposto pelo então diretor Michel de Brunhoff. Daqui resultaram 450 mil negativos, que são verdadeiros momentos de Moda e que foram publicados na revista com textos da então chefe de redação Edmonde Charles-roux. Compõem o retrato de uma certa França, de bailes sumptuosos do pós-guerra, a uma jovem Brigitte Bardot, quando se lançou como manequim, a Picasso, que vemos a retocar fotografias de Moda. Também podem ser vistos num livro publicado pelas Éditions Flammarion. ERWIN BLUMENFELD é outro incontornável da fotografia de Moda, explorador constante de novas linguagens e de uma identidade, nos anos 40 e 50, desta vez nos Estados Unidos, compilando um imaginário de Moda rico naquele país. De entre 700 imagens, foram escolhidas 170, 30 delas inéditas, que nos levam para o seu universo colorido e para o seu estúdio em Nova Iorque – um verdadeiro laboratório, visionário, em tempos de guerra. Robert Doisneau, Les Années Vogue, no L’espace Richaud, em Versalhes, até 28 de maio; Studio Blumenfeld, NY 1941-1960, na Cité de la Mode et du Design de Paris, até 4 junho; Balenciaga L’ouvre au Noir, Musée Bourdelle, Paris, até 16 de julho e Irving Penn Centennial no Met, até 30 de julho.