Sheet happens
Andamos há temporadas a falar de bed hair (não confundir com bad hair, que esse começou nos anos 80) aquelas ondas naturais provocadas pela almofada, aquele desalinho não planeado, aquela sujidade apetecível (nada na vida é limpinho, porque é que o cabelo haveria de ser?), tudo embrulhado numa conotação sensual. Agora vamos ser sinceros: é sensual porque nos lembra o pós-sexo (depois de os cigarros deixarem de ser cool, ficámos só com o cabelo, cada geração tem o ícone que merece) ou é sensual porque não dá trabalho nenhum? A mesma tendência aplica-se, agora (finalmente), à Moda. Os tecidos são fluidos e caem pelo corpo, caem infinitamente, segurados apenas por um cinto (opcional) e pela nossa vontade de viver. As peças exigem um bom corte, mas, de resto, funcionam sozinhas, livres, leves e soltas, sem exigir nada do mundo, sem exigir nada de nós.