Luís Figueiredo
“Eu sou guionista e estava a falar com o Diogo sobre outro projeto, e vi a ideia que ele teve e que depois deu origem a este movimento, e achei impressionante a resposta que ele recebeu. Este é um tema que eu discuto diariamente com os meus amigos - e os meus amigos não são nem selvagens, nem têm as mentalidades propriamente fechadas, são apenas ligeiramente descaídos para outra posição que não a minha. Eu achei que podia tentar ajudar nesse aspeto em termos de equilíbrio: eu discuto muito este tema com pessoas que são muito parecidas comigo, acham quase o mesmo que eu, mas depois têm uma divergência muito ligeira. É o que eu chamo, e já partilhei isto aqui com eles, de neomachismo: é igualzinho a mim, mas ligeiramente para um lado que não é o meu. Então estas minhas discussões são muito acesas, e quando eu vi a resposta que o Diogo estava a ter, eu quis muito participar. Eu escrevo para televisão, já escrevi para publicidade, e achei que podia ter um papel no movimento de passar a mensagem, porque sabia o discurso que eu acho que é importante para chegar a certas pessoas, a essas pessoas que estão no meio, mas descaem ligeiramente para um lado.”