VOGUE (Portugal)

Gonçalo Lopes

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“Eu fui o último a entrar, e foi por uma caracterís­tica que é muito minha: eu amuei. Amuei com os meus amigos. ‘Ai é? Então estão a criar um movimentoz­inho e não dizem nada…’ [Risos] Não, mas a sério. Foi no aniversári­o da filha da Margarida e eu disse-lhes que achava que fazia todo o sentido eu estar com eles nisto. A minha profissão é comunicaçã­o mais ao nível de assessoria de imprensa, e podia ajudar a que isto chegasse a mais pessoas. A nível pessoal, acho que há duas coisas que eu consigo trazer ao movimento: talvez eu seja a pessoa menos identifica­da com o movimento que está neste grupo, então para além de eu muitas vezes estar a ouvir o que eles dizem e a aprender (aquilo que o Diogo diz como base do movimento, que é ‘nós não sabíamos’, eu se calhar sabia ainda menos, e fui-me apercebend­o de várias coisas ao longo do processo, e que isso também seria bom para mim; por outro lado, também seria bom para o movimento ter esta voz que está um bocadinho ao lado, ainda que partilhe os valores), obviamente que eu sou feminista, mas tinha uma visão que não estava tão limada como a deles. Acho que ajuda ter uma voz em que, quando temos reuniões, diz, ‘Malta, compreendo o que estão a dizer, mas se calhar há outra forma de chegar lá; eu agora já consigo perceber, mas se calhar há seis meses não entenderia, por isso há muita gente que não vai entender também’.”

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