Dropping a Han Dynasty Urn, Ai Weiwei, 1995
São só uns vasos em cerâmica. Mas não são. São a Fountain de Duchamp, versão anos 90: Ai Weiwei fez um piscar de olho a Marcel com Dropping a Han Dynasty Urn (1995), onde deixava cair, e consequentemente destruía, urnas cerimoniais com mais de dois mil anos. A controvérsia não demorou a instalar-se, não só pelo valor real das urnas (diz-se que Weiwei pagou centenas de milhares de dólares pelos exemplares) como pelo facto de serem símbolos da história Chinesa, levando muitos a considerarem a performance como desprovida de ética. “A única maneira de construir um novo mundo é destruindo o velho”, respondeu Ai, citando palavras de Mao Tsé-Tung. E quebrando vasos, perdão, regras, perdão, limites.