Test-drive.
O fruto proibido é o mais apetecido e é precisamente por já termos saudades de um bom batom vermelho que nos lançámos à descoberta de apurar “o” vermelho para acabar com todos os vermelhos.
Longa vida ao batom vermelho. Por Ana Saldanha.
Promete: uma textura luxuosa que se derrete nos lábios, cobrindo-os com uma cor sumptuosa e um brilho de água. Uma experiência sensorial e duradoura que garante cuidado e hidratação durante 24 horas. Com 95% de ingredientes naturais e 20 tons inspirados em flores, para celebrar a natureza. Palavra da Vogue:
Se a prioridade é o conforto, este é o batom certo. É de todos o mais cremoso e o mais glossy, o que faz dele o mais agradável, mas também aquele que mais transfere. No entanto, até a forma como desvanece ao longo do dia é bonita, já que vai desaparecendo uniformemente, sem manchas, e deixa para trás uma espécie de tint muito leve, um toque de cor. Eu sou mais team gloss do que team matte, dado que, para mim, o batom ideal é aquele que não se sente e esta forma tem um brilho que não chega a ser exagerado ou pegajoso. O grande plus desta textura é que faz com que possamos usar este produto também como blush em creme, um truque para uniformizar o tom entre os lábios e as maçãs do rosto que eu adoro, e que é muito popular na French beauty.O Poppy Red é um vermelho bem vivo, que desvanece para um rosinha e que é bastante usável no dia a dia, mas se preferir um primaveril cherry red, aponte para os tons mais escuros da coleção, já que a fórmula não é 100% opaca. Batom Kiss Kiss Shine Bloom no tom Poppy Red, € 40,40, Guerlain.
Promete: testar os limites com o seu design inovador para máxima precisão e casar cores intensas de alta cobertura com um acabamento mate de longa duração.
Palavra da Vogue: É um vermelhão bem vivo – de todos o mais elétrico, sem dúvida – e, apesar de eu não ligar muito à fragrância na maquilhagem, tenho de mencionar o cheirinho a doces que emana deste tubo de batom. O acabamento é definido com um “leather-matte" e o tubo – que desta vez não é um tubo, já que o batom é quadrado – vem neste formato para facilitar uma aplicação mais precisa. A Yves Saint Laurent does it again with the packaging, sem dúvida. No entanto, a forma, por mais inovadora e bonita que seja, não é muito user friendly. O acabamento mate é ligeiramente mais seco que o da MAC Cosmetics, mas em termos de usabilidade também não se torna demasiado desconfortável – apesar de pedir um bocadinho de hidratação no final do dia. Também não é um batom que fique perfeitinho com uma só passagem, sendo que a forma de o deixar mais bonito é garantir que a cor está bem saturada e apostar no contorno com um lápis de lábios. Batom Rouge Pur Couture The Slim
no tom Rouge Extravagant, € 40,50, Yves Saint Laurent.
Promete: ser uma segunda pele. Um batom confortável e suave como veludo, tal como o nome indica, um equilíbrio entre uma textura mate, luminosa e confortável. Os pigmentos ultrafinos, puros e altamente concentrados garantem cores intensas e um derivado do óleo de jojoba que proporciona conforto e torna os lábios suaves. Palavra da Vogue: Este é o meu go to. É o único que anda comigo para a frente e para trás, para além do clássico nude. A fórmula é pigmentadíssima e o formato da bullet permite uma aplicação precisa, dispensando o lápis de lábios para fazer o contorno. Não é mate nem glossy, está ali no meio, numa textura que só consigo descrever como cremosa. A fórmula é mesmo muito confortável mas, por isso mesmo, não é o batom mais duradouro de sempre, porque o conforto de um batom acetinado significa que ele transfere um pouco, especialmente no centro da boca, onde também acumula um bocadinho de produto. Esta é de uma edição limitada, mas é um vermelho que eu considero universalmente flattering por ser ligeiramente mais escuro e não ter um subtom muito quente ou muito frio. Batom Rouge Allure Velvet no tom Camélia Carmin, € 38, Chanel.
Promete: uma fórmula duradoura com intensidade garantida até 12 horas e um acabamento totalmente mate. Palavra da
Vogue: Falar de batom vermelho sem falar do Ruby Woo seria criminoso. É tão icónico que a própria marca o descreve como o seu número 1 e “universally flattering, universally adored.” E é fácil perceber porquê. O tom é um true red bem vintage vibes, com um subtom mais frio – o que é em geral mais apreciado – e que favorece quase todos (se não todos) os tons de pele. Desta pequena amostra é o mais seco e o mais mate, mas não chega a ser desconfortável apesar da fórmula mais sequinha. Passou com distinção no wear test, e confesso que a certa altura me esqueci que o estava a usar (o que é uma proeza para um batom mate). Quase não transfere, não notei grandes marcas em copos e canecas e manteve-se no sítio durante pelo menos oito horas – mas não sobreviveu ao spaghetti test, como era expectável. Não há milagres. O que menos gostei nele foi o facto de tornar muito visíveis as linhas dos lábios passadas algumas horas de uso, mas, apesar disso, ao final do dia não senti necessidade de carregar no hidratante labial para compensar uma possível desidratação. Batom Retro Matte no tom Ruby Woo, € 20, MAC Cosmetics.
Promete: ser mais do que um batom. Apresentando-se num “estojo-joia” dourado com curvas sofisticadas – e, na edição de Natal, num tubo decorado com delicados flocos de neve. A fórmula única em tons ricos com um acabamento luminoso para lábios perfeitamente esculpidos e definidos para criar um look cativante e sofisticado. Palavra da Vogue:
De tempos a tempos aparecem aqueles produtos de beleza que são tão bonitos que chegamos a ter pena de os usar. Essa foi a minha reação ao rodar o elevador que faz subir o batom que vem decorado com flocos de neve brilhantes. Um glitter fino que não confere ao batom aquela textura arenosa que podemos esperar destas fórmulas. É já um clássico das coleções de Natal da marca, seja porque o vermelho é típico da época ou pela própria embalagem (a que a Dior se refere como “joia”). O tom é um vermelho rico, muito festivo, mas nada que não se possa usar noutras ocasiões e o formato do tubo também permite aplicação direta e facilita os retoques ao longo do dia. Para além dos brilhos rosados, o próprio acabamento é luminoso, mas não o suficiente para o tornar demasiado metálico.Batom Diorific no tom Shimmery Red, € 45,50, Dior.