OH OH, THE SWEETEST THING
Em tudo o que envolve Moda, uma das máximas implícitas é que “ou se ama, ou se odeia” qualquer coisa – uma tendência, um vestido, you name it. De um universo paralelo a esta evidência chega-nos uma outra doutrina: gostem, não gostem, mas falem.
Falem mal, mas falem. É mais ou menos assim que as coisas funcionam. Na já longínqua 71.ª edição dos Óscares, corria o ano de 1999, Gwyneth Paltrow, indicada para o Óscar de melhor atriz pela sua atuação em Shakespeare in Love, não teve nada disto em mente quando escolheu o seu outfit para aquela noite – a mesma que se adivinharia gloriosa, já que foi Paltrow que levou a estatueta para casa. Isso, e uma enxurrada de comentários ao seu look – um vestido com assinatura Ralph Lauren, que a própria selecionou nas vésperas do evento. Já na red carpet, comentou com um jornalista que considerava inúteis os comentários que se teciam a propósito dos outfits usados naquele tipo de cerimónias e que, por isso, tinha simplesmente levado um vestido que achava “bonito.” O que acabou por acontecer foi como a erupção de um vulcão: aquele vestidoprincesa de tafetá rosa, um rosa algures entre o blush e o candy pink, transformou-se no “talk of the town.” Por semanas, por meses, por anos. O “vestido bonito” foi amado, odiado, só não foi esquecido. Porque permanece, até hoje, como um dos momentos mais icónicos da red carpet no que ao rosa diz respeito. Para nós, aquele vestido – todo o visual, diga-se – continua a ser the sweetest thing.