VOGUE (Portugal)

LA VIE EN ROSE DA MAISON CHANEL

-

Quando se pensa em Gabrielle "Coco" Chanel, mulher poderosa, obstinada, a mesma que inventou aquele simples vestido preto que ficou conhecido como “le petite robe noir”, a notável representa­nte do sexo feminino que roubou aos homens o monopólio das calças, o rosa não é assim tão evidente. Isto porque talvez continuemo­s a vincular esta cor ao cúmulo da inocência. Em simultâneo, vale recordar que Coco Chanel foi considerad­a uma força motriz do movimento feminista do começo do século passado. Corta para 1983, quando as criações da maison passam a receber a assinatura do alemão Karl Lagerfeld, que se preocupou, desde o início, em manter intactas a essência e o ADN da Chanel – e em darlhe um certo toque de futuro. Daí que, o que aconteceu em 1996, poderia ter acontecido hoje. Claudia Schiffer, à época musa por excelência de Lagerfeld, irrompe passerelle adentro de biquíni rosa-choque e calças de fato de treino de veludo – Juicy Couture, who? – num grito de rebeldia (afinal, era a década de 90) por parte do Czar da Moda. A presença contínua desta cor e das suas variadas declinaçõe­s de tons foi-se mantendo uma constante na história da Chanel, tendo sido, por diversas vezes, a tonalidade-mãe de inúmeras coleções: tecidos em tons de rosa pastel, corais desbotados realçados aqui e ali com toques de fúcsia, jeans shocking pink… E a atriz Lily-Rose Depp a encerrar, majestosam­ente, o desfile de Alta-Costura primavera/verão 2017 com um vestido longo, com uma inesquecív­el cauda, rosa pastel, hiper-volumoso e absolutame­nte… Chanel.

 ??  ??
 ??  ?? Ao lado: Claudia Schiffer num dos looks centrais da coleção primavera/verão 1996 da Chanel. Em baixo: Lily-Rose Depp no encerramen­to do desfile de Alta-Costura primavera/verão 2017.
Ao lado: Claudia Schiffer num dos looks centrais da coleção primavera/verão 1996 da Chanel. Em baixo: Lily-Rose Depp no encerramen­to do desfile de Alta-Costura primavera/verão 2017.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal