MADONNA & JEAN-PAUL GAULTIER
É uma dupla que dispensa apresentações. Num vídeo para o extinto Style.com, o jornalista de Moda Tim Blanks referiu-se a eles como sendo o suprassumo das relações entre rock stars e fashion designers: “Ele deu-lhe um visual. Ela deu-lhe um perfil.” A relação entre ambos vive de momentos marcantes — difícil é escolhê-los. Comecemos (e terminemos, já que não há nada que defina tão bem a dupla) pelos icónicos espartilhos e soutiens. Peças que se tornaram imagem da marca Madonna x Gaultier. Em 1987, na tour Who's That Girl, a artista surge em palco com um espartilho dourado e um soutien em forma de cone. Em 1990, na digressão Blonde Ambition,o soutien cónico volta a causar furor, e o formato “cone” passa a ser sinónimo não só da tour, mas também da estética de Jean--Paul Gaultier em tudo o que a Madonna diz respeito. Dois anos depois, a cantora faz correr (ainda mais) tinta: é que se um par de mamas em formato de cone já incomodava muita gente, um par de mamas à vista perfeitamente arrematado por um par de cones a tapá-las incomodava muito mais. Foi o que se passou num evento de beneficência organizado pelo designer, em que a rainha da pop surge na passerelle, ao seu lado, e tira, num ato de rebeldia à la Madonna, o casaco que levava vestido. Por baixo, uma saia de cintura subida, umas combat boots e os seios à vista, emoldurados apenas por aquilo que deveria ser um soutien — o tal soutien-cone, suspeito do costume, que desta vez ficou nos bastidores para que Madonna se revelasse au naturel.