THEY COULD BE FASHION HEROES — JUST FOR ONE LIFE
De um lado Prince, do outro David Bowie: who wore it better?
Não nos cabe a nós decidir. Talvez aos Deuses do Olimpo da Moda — e até para estes acreditamos ser uma tarefa árdua. Astros da música, mas também da Moda, tanto o norte-americano, que deu um novo significado à cor roxa, como o britânico, que deu ao mundo terrestre um maravilhoso sabor do mundo espacial, conseguiram algo raro: definir como máxima o “be yourself and no one else.” Não podemos dizer, com absoluta certeza, pois desconhecemos as leis da vida e da morte, mas cremos não ter sido por um mero acaso que estes heróis tenham partido — eles, juntamente com as suas estéticas inigualáveis — para outras vidas, no mesmíssimo ano de 2016. Dos seus legados de estilo ficaram: de um lado, as calças ultra-justas de cintura subida, as tangas, as blusas camponesas de laçada, as cowboy boots e, obviamente, o purple, porque Prince, cantor, guitarrista e compositor, nunca lhe virou costas; de outro, e visto que falamos de um mero visitante do planeta, um alienígena com a sua icónica maquilhagem de Ziggy Stardust, uma estrela de macacões curvilíneos e cintilantes, a rematar com botas plataforma que desafiavam a gravidade, era isso que definia David Bowie, o camaleão. E é então que nos interrogamos: será que, sem a extravagante indumentária de Prince, que espicaçou todos os limites, teríamos alguém como Young Thug, o
rapper que se veste de folhos? E se não fosse a audácia e o empoderamento de David Bowie, que lançou para a mesa o tema da discussão de género muito antes do tempo, seria a Gucci de Alessandro Michele a mesma coisa? Fica a reflexão.