A STAR IS BJÖRK
Tentar definir o estilo de Björk é o mesmo que tentar reduzir a Moda a uma tendência. Uma missão remetida ao fracasso, já que no universo da cantora e compositora islandesa cabem todos os estilos do mundo — deste e de outros. Há, porém, alguns adjetivos que lhe servem: vanguardista, experimental, arrojada, criativa, alternativa, tudo o que não é boring, e certamente tudo o que é diferente. Tal como a sua música, o seu estilo é eclético e transcendental. Björk é capaz de somar ao mero ato de vestir uma intensidade e uma criatividade singulares. Nos seus gloriosos dias de punk girl, corria a década de 90, e enquanto vocalista da banda Sugarcubes, a cantora surgiu com uma t-shirt dos desenhos Ren & Stimpy, uma saia comprida em seda e uns ténis Reebok. Um outfit não-tão-fora-assim, mas que deu que falar porque era… inesperado. Em 1997, vimo-la de casaco às bolinhas e sandálias estilo Havaianas usadas com meias brancas. Neste caso, a cantora usa o cabelo de uma forma que se tornou parte da sua estética: os minibuns (hoje fáceis de concretizar, graças às dezenas de tutoriais nas mais variadas plataformas online). Não esqueçamos, porém, o swan dress criado pelo designer Marjan Pejoski, com que a cantora desfilou, qual cisne, nos Prémios da Academia, em 2001 — o impacto daquele vestido-cisne foi de tal forma dramático (e não, a palavra não é usada em vão) que, se acontecesse hoje, iria “break the Internet.” Björk é prova final de que o estilo “ou se tem, ou não se tem.”