Para ver hoje e sempre
São filmes sobre tempo. Haja tempo, muito, para os ver a todos.
"No futuro, mais concretamente em 2015, os carros vão ter asas.” Era assim que, nos anos 80, imaginávamos o futuro, esse lugar longínquo onde tudo ia ser supersónico – principalmente os automóveis, que iam ser o veículo por excelência não apenas para nos deslocarmos... mas para viajarmos no tempo. A ideia foi difundida por Robert Zemeckis na trilogia Back to the Future (1985, 1989, 1990), um dos maiores sucessos de ficção científica (e de comédia) de sempre. O tempo sempre foi um tema caro ao cinema que, ao longo das décadas, o tem explorado de diversas formas. Em Sleeper (1973), Woody Allen imaginou um anti-herói que, depois de congelado, acorda num futuro distante e utópico. O realizador voltou a abordar o assunto em Midnight in Paris (2011), onde um jovem escritor de visita a Paris dá por si com um grupo de estranhos que o levam numa fantástica viagem ao passado. Gwyneth Paltrow nunca saiu da mesma cidade mas, em Sliding Doors (1998), é o tempo que marca o seu destino: se apanhar o metro a sua vida terá um desfecho totalmente diferente caso as portas da carruagem se fechem antes de entrar. O filme é uma espécie de drama, à semelhança de About Time (2013), a história de um homem que descobre ser capaz de viajar no tempo, e com isso conquistar a mulher dos seus sonhos, e de Il Était une Seconde Fois (2019), que segue a mesma premissa. Os fanáticos da animação têm em Your Name (2006), do japonês Makoto Shinkai, uma obra-prima sobre dois adolescentes que conseguem trocar de corpo e os amantes do indie não vão querer perder Donnie Darko