O tempo e os tempos do Festival A Porta
O título da mostra visual “rouba” a frase a Victor Hugo e fala-nos sobre tempo, leveza e poesia. A exposição abre o Festival A Porta, que decorre até 23 de junho em Leiria
“NADA MUDA DE FORMA COMO AS NUVENS, A NÃO SER OS ROCHEDOS” ABRE O FESTIVAL A PORTA, QUE DECORRE ATÉ 23 DE JUNHO EM LEIRIA
Aexposição coletiva “Nada muda de forma como as nuvens, a não ser os rochedos”, com curadoria de João Pedro Fonseca e Lara Portela, abre o Festival A Porta, que decorre até 23 de junho no antigo Edifício da EDP, em Leiria. O título da mostra visual “rouba” a frase a Victor Hugo e fala-nos sobre tempo, leveza, peso, matéria, transformação e poesia. Conta com mais de 20 artistas, entre os quais o fotógrafo Daniel Blaufuks e o coletivo Pizz Buin.
“São fotografias que falam de um tempo pré-histórico, mas que é também presente, instalações feitas com e a partir de materiais da indústria, desenhos com rochas e desenhos com petróleo, pinturas planas que são estudos de cores e possibilidades de composição ou pinturas figurativas com temas naturalistas de um Portugal pré-industrial, esculturas de mármore e esculturas de cimento, textos performativos sobre construir casas e relações e textos sobre a condição de ser criador”, refere a organização do evento.
O Festival A Porta, que celebra este ano 5 edições, decorre em espaços diversos da cidade de Leiria, como a Rua Direita, o Jardim Luís de Camões e a Vala Real, o Atlas. Durante 10 dias, são muitas as atividades, com música, artes visuais, jantares temáticos e “workshops”, naquele que se apresenta como um festival multidisciplinar, multigeracional, inclusivo e ecológico. Entre os vários artistas presentes, estão nomes como Surma, João Hasselberg, Labaq, Whales, Jerónimo, Few Fingers e Obaa Sima. Esta sexta-feira, os First Breath After Coma iniciam uma performance de 24 horas e Captain Casablanca atua a solo.