A VALORIZAÇÃO DA ARTE
“Warrior,” um quadro de 1982 da autoria de Jean-Michel Basquiat, foi vendido por 41,9 milhões de dólares num leilão online realizado pela Christie’s há poucos dias. Não se trata, no entanto, do maior preço alcançado por uma obra de Basquiat – em 2017, numa venda organizada em Nova Iorque, um coleccionador japonês, o milionário Yusaku Maezawa, pagou 110 milhões de dólares por uma pintura sem título do artista. Este é o valor mais alto alcançado até agora por um trabalho de Basquiat, que no mercado da arte contemporânea é um dos nomes que tem mais procura, em conjunto com Warhol e Picasso. O vendedor de
“The Warrior”, o gestor imobiliário e colecionador de arte germano-americano Aby Rosen, também possui obras de Pablo Picasso, Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Cy Twombly, Alexander Calder, Damien Hirst e Richard Prince. Rosen comprou a obra na Sotheby’s London em 2012 por 8,7 milhões de dólares. E teve vendas anteriores de 5,6 milhões de dólares, em 2007, e de 1,8 milhão de dólares em 2005. Originalmente, “The Warrior” havia sido comprado por um coleccionador americano em meados dos anos 1990 por 250.000 dólares. Basquiat nasceu em Brooklin, numa família porto-riquenha, colaborou com Warhol e tornou-se num dos expoentes da arte norte-americana do final do século passado. Morreu em 1988 com 27 anos. Esta venda culmina uma semana de leilões online organizados pela Christie’s e Sotheby’s. Segundo a Art Basel e a UBS, o mercado de arte caiu cerca de 22% em 2020, em comparação com 2019, para um total de cerca de 50 mil milhões de dólares, englobando as vendas em galerias, vendas privadas e leilões públicos. O mercado dos leilões teve uma queda ainda maior, na casa dos 30%, para os 17,6 mil milhões. E por cá? Por cá, galerias e museus preparam a reabertura para a segunda semana de Abril. Para a semana, começamos a falar do que aí vem.