ESPELHO MEU, ESPELHO MEU…
O espelho pode ser um inimigo, mas pode também ser o aliado inesperado na aceitação da unicidade de cada corpo. O que nos dizem os especialistas sobre isso?
80% das mulheres portuguesas
sentem-se bonitas. “A mulher deve assumir que o corpo ideal não existe, porque se, por definição, é ideal, nunca o alcançará. Aceitar as transformações decorrentes do envelhecimento. [Deve] Reconhecer que o invólucro é importante, mas o conteúdo é o que sustém e alimenta as relações”, diz Maria Júlia Valério, professora universitária e coordenadora do Serviço de Psicologia do Centro Hospitalar V.N.Gaia/Espinho.
37% confessa que a barriga flácida é a parte do corpo que mais a deixa desconfortável quando está nua com
a cara-metade. “Hormonalmente, só o facto de treinar vai contribuir para que se sinta mais feliz. Seja um bocadinho egoísta e olhe um pouco para o seu umbigo… será importante para reduzir aquela gordurinha”, aconselha o personal trainer Hugo Costa.
66% das portuguesas não andam
nuas pela casa. “A nudez e o conforto com a mesma estão relacionados não só com a forma como o próprio se vê nesse corpo, mas também com o seu bem-estar em geral. Se me sentir bem na pele que visto, independentemente da silhueta que apresento, então não me vou sentir desconfortável na nudez com quem partilho a minha intimidade”, diz a sexóloga Vera Ribeiro.
40% das portuguesas dizem aceitar
o corpo tal como é. “Aceitar-se só pode ser positivo, neste caso. É bom e mobilizador estar insatisfeito com a magreza excessiva ou obesidade incapacitante. Estar de bem com o seu corpo, apesar de, seguramente, lhe reconhecer imperfeições, é sinal de boa saúde mental”, realça Maria Júlia Valério.