BEBER UM REFRIGERANTE POR DIA NÃO FAZ ASSIM TÃO MAL
A TEORIA O médico Aaron Carroll e autor do livro The Bad Food Bible:
How and Why to Eat Sinfully revelou, há cerca de três anos, que o consumo de refrigerantes não é assim tão mau, especialmente se forem ‘light’ ou sem açúcar. O médico baseou-se nos estudos feitos em ratos, mas não mencionou os que foram feitos em humanos e que revelam o impacto negativo destas bebidas.
A CIÊNCIA Envelhecimento celular, diabetes tipo 2, tensão arterial, AVC, obesidade, mortalidade precoce. Estas são as consequências já ligadas ao consumo regular de refrigerantes. Um estudo recente, publicado na revista Journal Of Circulation, diz que não há qualquer benefício neste tipo de bebidas e que o seu consumo regular pode mesmo ser fatal, sendo que por cada 300 ml adicionais (uma lata) o risco de morte precoce sobe 7%. “Se bebêssemos um refrigerante por dia e caso assumíssemos um valor de 35 g (valor de açúcar presente numa lata de 330 ml de um dos refrigerantes mais consumidos mundialmente), estaríamos a ingerir 12.775 g de açúcar por ano. O que é, nada mais nada menos, do que 12,8 kg de açúcar. Vale a pena uma reflexão”, alerta a nutricionista Rita Lopes.
O VEREDITO “Sim, faz mal beber um refrigerante por dia! Como tudo, nem sempre, nem nunca. Aliás, basta olhar mais atentamente para o rótulo dos refrigerantes e concluir que é algo que não devemos introduzir diariamente na nossa alimentação”, diz, deixando claro que “a resposta é bastante conclusiva e não deixa grande margem para dúvidas”. Afinal, “não é ao acaso que as principais entidades de saúde têm vindo a criar estratégias de forma a reduzir o seu consumo, como a taxação das bebidas açucaradas, medida aplicada em Portugal em 2017”. Se ainda tem dúvidas - ou está a resistir às evidências - a nutricionista recomenda “a leitura do documento Redução do consumo de Açúcar em Portugal: Evidência
que justifica ação, no âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS)”.