DIAGNÓSTICO AO
Foi num check-up com o seu cirurgião plástico, o doutor Ângelo Rebelo, que Irina soube que tinha cancro. “O dr. Ângelo Rebelo achou que o nódulo já tinha algum tamanho e como íamos trocar as próteses, disse que achava melhor retirar o nódulo. Foi intuição médica”.
Duas semanas após o nódulo ter ido para análise e naquela que seria uma consulta pós-operatória ‘inocente’, eis que chega o diagnóstico: carcinoma. “Foi um choque”, admite.
A primeira consulta no IPO aconteceu dois dias após o diagnóstico e esperou três meses até iniciar os tratamentos. Durante este tempo, fez uma série de novos exames que reveleram que, além do cancro na mama, Irina tinha um nódulo maligno na axila e uma massa de seis centímetros no pulmão (uma metástase). Era um cancro de estadio iv. “Foi um período de muito desespero, de muita aflição, de muito medo. Tinha muito medo de morrer”.
Irina retirou as próteses mamárias que tinha, fez quimioterapia e está ainda a fazer imunoterapia. E sempre com um sorriso no rosto, uma pitada de humor e todo um agradecimento diário: “Sempre que vou ao IPO sinto-me privilegiada, há tanta gente que não tem acesso à saúde, que não tem acesso a tratamentos e eu sou uma privilegiada porque vivo num país onde tenho acesso a isso e aos melhores do mundo”.