Women's Health (Portugal)

“O que preciso para deixar de me sentir triste? Mudar!”

Personal trainer de profissão, a nossa leitora quer passar a mensagem de que nem os PTs estão sempre em forma. “Todos temos fases menos boas”.

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O ‘PODER’ DA PRESSÃO SOCIAL

“Sofri muito por causa da minha profissão. Um dia uma sócia do ginásio onde trabalhava, disse-me “estás tão gorda! Nem pareces a mesma pessoa”. Lembro-me tão bem desse dia, fiquei tão triste”, recorda. Juliana não se revia naquele corpo, com mais 25kg, mas aceitava-o perfeitame­nte, pois recuperar a sua forma era uma questão que poderia ficar para depois. “As conversinh­as sobre o excesso de peso, isso sim incomodava-me muito.

02| O DIA EM QUE DISSE ‘BASTA’

Começou com pequenas mudanças na alimentaçã­o, orientada por uma nutricioni­sta, “sem dietas milagrosas”. Quanto aos treinos, começou com 2 treinos por semana. “Os resultados foram aparecendo e aumentavam a minha motivação para não desistir”, lembra Juliana, que revela que demorou cerca de 1 ano para voltar a sentir-se feliz consigo mesma. “Aprendi que devagar é melhor do que ter resultados rápidos mas não sustentáve­is”.

03| A IMPORTÂNCI­A DE TER UM OBJETIVO

Juliana deixou de trabalhar, pois sabia que imagem passaria aos seus alunos e não se sentia bem com a exposição. Quando retomou o ginásio, optou por treinar logo às 6h da manhã ou depois das 21h, quando havia menos gente. O seu foco era recuperar o corpo que tinha antes de ganhar os 25kg. Algumas peças de roupa que deixaram de lhe servir e a sua fotografia favorita colada no frigorífic­o, juntamente com uma nota onde escreveu "onde se quer chegar, como se quer chegar e como se vai chegar lá" eram

a sua motivação.

04| UMA ROTINA QUE FICOU

PARA A VIDA

Com o apoio da nutricioni­sta, hoje sente-se melhor do que antes de engravidar. “O meu Rodrigo tem hoje 8 anos. Nunca parei de treinar nem de cuidar de mim. Sei que preciso de estar bem comigo para estar bem com ele! Ele sabe que quando a mãe vai ‘fazer ginástica’ não significa que

deixou de amá-lo”, diz, certa de que há tempo para tudo. “É tudo uma questão de

organizar o tempo: Vou correr às 6h e às 7h acordo o meu filho com beijinhos".

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