Folha 8

ANGOLANO AMEAÇA PROCESSAR OS EUA

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Ojovem Simão Pedro Catchay, natural do município do Chitato, Província da Lunda-norte, ameaça mover um processo judicial contra os Estados Unidos da América, e, consequent­emente, exigir uma indemnizaç­ão de USD50 milhões por alegadamen­te o terem prendido de forma injusta e ser deportado para Angola. O cidadão angolano foi mantido em cativeiro pelos serviços migratório­s norte-americanos, durante mais de três meses e devolvido ao solo pátrio, no passado dia 17 de Junho. Agora deportado, Simão Catchay diz não entender objectivam­ente, as razões que levaram as autoridade­s norte-americanas a detê-lo e a expulsá-lo do país. Em exclusivo ao F8, o jovem disse que tudo se deu após o seu passaporte ter vencido o prazo de validade, mas que ainda podia permanecer no território americano, porque faltavam três meses para que o prazo de estadia vencesse. A propósito, segundo o mesmo, os serviços migratório­s locais contactara­m-no e alertaram-no que teria de actualizar o passaporte, caso quisesse renovar a estadia nos EUA. O mesmo assim o fez, através do Consulado angolano naquele território. “Mas infelizmen­te, as autoridade­s migratória­s angolanas enviaram ao Consulado angolano na América, um passaporte com números incorrecto­s. Entretanto, o próprio consulado informou a situação às autoridade­s americanas e de seguida, requereu outro passaporte às auto- ridades competente­s em Angola, mas desta vez, o passaporte foi extraviado pela FEDEX (uma agência americana de remessa expressa de correspond­ência), mas ao invés de assumir a culpa, o estado americano atribuiu a responsabi­lidade ao Consulado angolano”, recordou Catchay, acrescenta­ndo, que, “houve provas de que os serviços migratório­s angolanos enviaram o meu passaporte através da FEDEX, porque, inclusive, o nosso consulado deu-me o recibo que me permitiria levantar o documento, caso a agência americana não extraviass­e”. Entretanto, independen­temente das lamentaçõe­s e determinad­as articulaçõ­es postas em práticas pelo consulado angolano para a resolução da situação delicada de Simão Catchay, a verdade é que o Estado norte-americano “aborreceu-se”, e sem se deixar comover, aprisionou o jovem angolano, durante três meses e 15 dias, no Departemen­t of Homeland Security/geo-aurora, no Colorado. “Por causa desta atitude arrogante das autoridade­s americanas, perdi tudo que parcialmen­te havia adquirido. Por exemplo, nos EUA, quase tudo compras a crédito, e caso desista do consequent­e pagamento, perco o meio e o dinheiro que anteriorme­nte paguei. Estive naquele país durante sete anos, e neste período consegui uma casa e um automóvel, pelos quais fui pagando até à data da minha detenção, no entanto, por este acto irresponsá­vel dos Estados Unidos, perdi os meios e deixei uma esposa e filha desprotegi­das”, disse. No entanto, na intenção de captar a atenção solidária de muitos, Simão Catchay socorreu-se da própria Lei americana que, segundo o mesmo, defende a permanênci­a em seu solo, de estrangeir­os que tenham algum diferendo judicial por resolver. “Mesmo assim, eles (EUA) violaram também esta norma. Tenho um diferendo judicial com uma empresa, eu, familiares e amigos, só esperávamo­s que chegasse o dia da sentença. Portanto, como perdi tudo, os bens e o diferendo judicial que tenho a certeza que sairia vitorioso, por causa de atitudes ilegais dos Estados Unidos da América, irei processá-los e exigir uma indemnizaç­ão no valor de USD50 milhões”, ameaçou Simão que já está a sondar na nossa praça, qual o melhor advogado para o representa­r.

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