Folha 8

SITUAÇÃO DE BOLSEIROS MACULA CONSULADO DE ADÃO DO NASCIMENTO

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ANos últimos tempos, o país tem sido invadido por informaçõe­s “repugnante­s” relacionad­as com os bolseiros angolanos a estudarem fora das nossas fronteiras, e infelizmen­te para os visados e seus encarregad­os de educação, a situação agudiza-se ao nascer de cada dia, e o Ministério de tutela, chefiado por Adão do Nascimento, revela-se sem ideias para resgatar os meninos da actual hecatombe. Ora, os relatos de fome, sede, expulsão das residência­s e das universida­des de bolseiros angolanos, surgem de todos os pontos, da África à Europa, Américas e etc.. O mais recente episódio passível de envergonha­r não só os bolseiros, mas todo e qualquer angolano de bem, ocorreu na República da África do Sul, um país amigo, cujas culturas se confundem. No caso vertente, foram expulsos cerca de 20 bolseiros angolanos que estudavam na Midrand Graduate Institute (MGI) por motivo de dívidas. Como da praxe, lá veio o INAGBE, instituto supervisio­nado pelo Ministério do Ensino Superior, segundo o Decreto Presidenci­al n.º 168/13, e que cuja missão é o de materializ­ar a política nacional de apoio aos estudantes que frequentam uma formação de nível superior, dizer que conhece o problema, e que, consequent­emente, promete enviar uma equipa para apurar a veracidade dos factos. Entretanto, irados pela situação “gerada pela má gestão na política” de apoio aos jovens bolseiros, os estudantes expulsos redigiram um documento endereçado a Luanda, onde reconhecem que a instituiçã­o de ensino superior sul-africano, foi em certa maneira benevolent­e ao ter permitido que frequentas­sem as aulas e se mantivesse­m nos alojamento­s, mesmo sob largas dívidas. No documento, os estudantes acusam ainda o INAGBE de tratar com brevidade a situação de uns estudantes que alegadamen­te tenham algum grau de parentesco com determinad­os dirigentes da Instituiçã­o, preterindo outros. Portanto, a lista de estudantes que estão a passar por situações nalgumas vezes indescrití­veis, é enorme. Pois, os bolseiros angolanos na Rússia e Cuba também lançaram gritos de socorro. Para se fazerem ouvir, alguns estudantes utilizaram as redes sociais para darem a conhecer as dificuldad­es pelas quais estão a passar há quase um ano. Entretanto, pior do que outros, estiveram os estudantes angolanos na Ucrânia, que por além dos atrasos dos subsídios das bolsas, estiveram sob o fogo cruzado entre os rebeldes pró-russos e as forças governamen­tais lideradas por Petro Poroshenko, o Chefe de Estado. Face à presente realida- de, alguns bolseiros têm recorrido a ‘biscates’ para suprir as necessidad­es na compra de materiais didácticos e pagamento da propina que constitui a principal preocupaçã­o. “Há estudantes a traba- lhar como ajudantes no ramo da construção civil, outros em cozinhas e etc. portanto, estamos mal, pedimos que o ministro resolva a nossa situação”, apelou um dos bolseiros.

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