Folha 8

“O JOVEM FOI DETIDO POR ILEGALIDAD­E”

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Entretanto, face às “pesadas” acusações proferidas contra o país do “Tio Sam”, o F8 envidou esforços em contactar a Embaixada americana em Angola, para junto dela, saber quais os mecanismos legais desencadea­dos pelos Estados Unidos quando deparados em situação similar ao de Simão Pedro Catchay, mas sem sucesso. Por sua vez, uma fonte do Ministério das Relações Exteriores confirmou o facto que nos foi reportado pela vítima, mas acrescento­u que o jovem Catchay fora detido por circular ilegalment­e nos EUA. “Já dominamos a informação. Os EUA não expulsam à toa, eles (autoridade­s americanas) já não o querem lá. É verdade que aconteceu o que o Simão contou em relação ao passaporte, mas também é verdade que ele fazia-se acompanhar com um Visto Ordinário (VO), e fazendo fé no acordo de facilitaçã­o de vistos entre os EUA e Angola, os VO têm duração de dois anos, e é aqui onde reside o problema, e vou explicar: Os dois anos estabeleci­dos nos Vistos Ordinários, não significam que o angolano pode permanecer em solo americano até ao final de dois anos, não. O VO é de dois anos, mas é para renová-lo de três em três meses, se o Simão fosse mais prudente, faria o que os outros fazem, fica um mês e mais quase 60 dias nos EUA, depois vai para o México ou para o Panamá, renova o visto novamente. Portanto, é muito simples, é só sair dos EUA ao final de cada três meses, re- nova o visto de dois anos e regressa”, clarificou a fonte, adicionand­o, que, “se o Simão já trabalhava nos EUA, devia solicitar a mudança de estatuto, mas também, pela informação que nos chegou, ele não o fez. No entanto, os americanos são matreiros, como já não o queriam lá, detiveram-no, e neste imbróglio de passaporte não aparecer e etc., esperaram no fundo que os três meses de estadia que ainda lhe restavam vencesse, porque se virmos bem, só foi após este período que o deportaram”, disse o mesmo, acrescenta­ndo de seguida que as autoridade­s angolanas, através de seu consulado, fizeram o possível para acudir a vítima, mas que os americanos recusaram atender ao pedido angolano.

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