Folha 8

“O GRANDE ENCONTRO” DE MARIA CELESTINA FERNANDES No quadro da parceria entre o Camões/centro Cultural Português e a Plural Editores, será apresentad­a a 4 de Outubro no Centro Cultural Português, a obra infantil “O GRANDE ENCONTRO” da autoria de Maria Cele

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Aobra “O GRANDE ENCONTRO” conta a história de dois leõezinhos, o Tatão e o Tião filhos do Simão, que corriam, de forma livre e ágil, pelas florestas do vasto território de Angola. Do pai, herdaram o arrojo e espírito de aventura. Com mãe “aprenderam a conhecer outras espécies de animais, as árvores, as flores e os frutos silvestres…aprenderam a observar o céu e adoravam o pôr-do-sol… a satisfação era enorme quando a luz prateada da lua cheia inundava a floresta, dispensand­o as lamparinas dos pirilampos”. Segundo a nota de imprensa enviada ao Folha8, a história desenvolve-se em torno das peripécias do cresciment­o e aprendizag­em de Tatão e Tião, no interior de Angola. A aventura das primeiras caçadas, que acabaram no banquete de gazela, feita petisco para saciar a fome da família de leões. A intriga lançada pela raposa entre as comadres pa- caças, que ficaram de costas viradas rompendo a união que era suporte da sua força, acabando por ser capturadas. A reprovação feita por outros animais da floresta do conluio da raposa e dos leões, que tinha conseguido desunir o grupo de pacaças. O arrependim­ento da raposa que desaparece­u, porque ninguém a queria por perto. O flagelo da guerra que também atingiu os animais que foram obrigados a fugir dos seus locais de origem e passaram também a ser “deslocados de guerra”. Nesse tempo, diz a autora “havia muita tristeza nos corações, apenas a solidaried­ade no seio dos fugitivos reconforta­va. Novas amizades e novas famílias se foram formando”. No posfácio do GRANDE ENCONTRO a autora diz que a história presta homenagem às crianças que pereceram durante o longo conflito armado e às que conseguira­m sobreviver a tanta adversidad­e, afastadas das suas famílias. A autora termina apelando a que “as palavras da paz, amor, justiça e reconcilia­ção, bordadas com o verde da esperança, sejam as preces diárias em todos os lugares da imensa Angola”. Maria Celestina Fernandes reside em Luanda. Tem várias obras publicadas em prosa e poesia, com destaque para a literatura infantil e juvenil. Conta com algumas premiações dentro e fora do país. Recebeu o Diploma de Mérito do Ministério da Cultura, tem nomeações para o prémio sueco Astrid Lindgren e recebeu uma distinção da Fundação Nacional do Livro para a Infância e Juventude do Brasil pelo livro “A árvore dos gingongos”, ali reeditado. É membro da União dos Escritores Angolanos. Obras de Literatura Infanto-juvenil publicadas: A borboleta cor de ouro; A árvore dos gingongos; Kalimba; A abelha e a flor do campo; A filha do Soba; A rainha tartaruga; Presente de Natal; União Arco-íris; Jardim do Livro; As amigas em Kalandula; É preciso prevenir; As amigas no parque; A estrela que sorri.

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