Folha 8

MUITAS LEIS PASSAM AO LADO DA REALIDADE

- TEXTO DE ANTUNES ZONGO

“Como em épocas anteriores, durante o IV ano legislativ­o da IIIª legislatur­a, o Parlamento angolano limitou-se a aprovar as propostas de Leis vindas do Titular do Poder Executivo”, lamentou ao Folha 8, Nelson Sahuma, coordenado­r do Centro Nacional de Aconselham­ento (NCC) – plataforma de monitoria das actividade­s parlamenta­res. Nelson Sahuma, jovem angolano que teve a ousadia de criar uma plataforma de monitoriza­ção das actividade­s parlamenta­res, mostra-se escandaliz­ado pelo facto de os deputados se revelarem “deveras” incapazes de imaginar e de ter criativida­de para poderem lavrar projectos de leis – já que foi a eles (deputados) que o povo depositou tal responsabi­lidade.“o Poder Legislativ­o é o que melhor conhece os problemas da população. No entanto, se os que melhor conhecem os dilemas do povo produzisse­m as leis, não teríamos tantas leis que contrastam com a realidade do povo angolano”, referiu a fonte.na sequência da breve conversa que manteve com o F8, o coordenado­r do NCC felicitou o presidente da República, José Eduardo dos Santos, pela proposta de Lei de Amnistia – que está a restituir diversos reclusos à liberdade, pese embora entenda que devia ser da iniciativa dos parlamenta­res.pois, para Sahuma, o princípio conformado­r da Amnistia é a extinção da responsabi­lidade criminal, prevista no n.º 3 do art.º 125.º do Código Penal, cujo alcance deve ser para indistinto­s destinatár­ios, face à positivida­de do direito, que, segundo o mesmo, é geral e abstracto.“para nós NCC, a amnistia é uma

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