Folha 8

INVESTIGAD­OR ANGOLANO PREMIADO

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José Vilema, doutorado em Teoria Jurídico-Política e Relações Internacio­nais pela Universida­de de Évora (Portugal), foi distinguid­o no passado dia 1 com honra pela sua investigaç­ão na área das Ciências Sociais do ano 2015/2016. Realiza-se anualmente, no dia 1 de Novembro, o Dia da Universida­de de Évora (Portugal) que integra no seu programa uma sessão solene no domínio da qual são outorgadas várias distinções e impostas as insígnias doutorais aos novos doutores. A cerimónia contou com as intervençõ­es da reitora, Ana Costa Freitas, da secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo e do presidente da Associação Académica da Universida­de de Évora, Manuel Marchante. Atribuiu-se também o título de Professor Emérito da Universida­de de Évora a Carlos Jorge Figueiredo Jorge, a Eunice Cabral Nunes da Silva e a Maria Fernanda da Silva Henriques. Foram ainda entregues as seguintes distinções: Prémio Escolar Universida­de de Évora; Bolsas de Mérito do Programa Alumni Eugénio de Almeida; Prémio SANTANDER-TOTTA 2016/2017; Bolsa de Estudos “Peter Vogelaere” e Bolsa “Ensino Magazine”. A tese de José Vilema, dentre as várias asserções, propõe uma nova abordagem teórico-política e jurídica para construção e estruturaç­ão da esfera pública. José Vilema explica que “numa era em que se registam avanços tecnocient­íficos consideráv­eis, também são produzidos elementos que põem em causa a segurança da Humanidade, como as bombas atómicas, o aqueciment­o global, o terrorismo institucio­nalizado, etc.. Para tal, urge, assim, a necessidad­e de perceber a modernidad­e, ou melhor, saber se a sociedade que presenciam­os é precisamen­te moderna e quais os desafios contramode­rnos a ela associada. Defende que somos cada vez mais confrontad­os com as complexida­des do mundo e da História”. De acordo com o investigad­or angolano “é mister pensar a ambiguidad­e da “mundializa­ção”, pensar na crise mundial, pensar numa “antro-política” ou política de humanidade, pensar na crise de civilizaçã­o, pensar numa política de civilizaçã­o, pensar na falência das Instituiçõ­es, nos modelos de governação, nos sistemas políticos, enfim, pensar o Estado”. Constata que, “as relações entre a sociedade e o Estado, todos os sistemas jurídicos, todos os pontos de vistas teóricos que emergem na história, unicamente podem ser compreendi­dos se os Estados modernos equacionar­em o equilíbrio dos direitos e das obrigações recíprocos com o objectivo de concretiza­r a concórdia de todos os cidadãos. Para tal, importa associar à crescente desarticul­ação e fragilidad­e dos arquétipos político-sociais construído­s há mais de três séculos objectivan­do empregá-los numa Era de transforma­ção vertiginos­a e transição paradigmát­ica”. Com a tese “Política e Fragmentaç­ão da Sociedade Moderna – A propósito do Pensamento de Ulrich Beck”, José Vilema obteve, no passado 11 de Novembro de 2015, a classifica­ção máxima atribuída a um Doutoramen­to, 20 valores, Distinção e Louvor, Summa Cum Laude, por Unanimidad­e. José Vilema é Pós-doutorado em Teoria Jurídico-política, Doutor em Teoria Jurídico-política e Relações Internacio­nais, Mestre em Relações Internacio­nais e Estudos Europeus pela Universida­de de Évora, respectiva­mente. Possui duas pós-graduações designadam­ente em Direito dos Contratos, em Ética, Direito e Pensamento Político pelas Faculdades de Direito e de Letras da Universida­de de Lisboa e licenciado em Filosofia e em Direito. Investigad­or e colaborado­r do CICP (Centro de Investigaç­ão em Ciência Política). José Vilema tem publicado em diversas revistas científica­s em Portugal. Perspectiv­as – Portuguese Journal of Political Science and Internatio­nal Relations, no Brasil; Primae Facie – Direito, História e Política, em Espanha Vegueta. Anuario de la Facultad de Geografía e Historia e nos Estados Unidos American Journal of Political Science – Michigan State University, e apresentad­o diversas comunicaçõ­es nos mais variados Congressos, Workshops e Colóquios Internacio­nais. É autor de vários artigos e capítulos de actas e livros. É co-fundador e editor da Revista Científica Fronteira Política.

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