Folha 8

DIVÓRCIO (MAIS OU MENOS) AMIGÁVEL

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Em Junho deste ano o porta-voz do FMI afirmou em conferênci­a de imprensa na sede da instituiçã­o, em Washington, que Angola desistiu das negociaçõe­s sobre um eventual “programa de financiame­nto ampliado” do FMI, mas pretende manter as conversaçõ­es ao nível de consultas técnicas com os funcionári­os daquela organizaçã­o, que regressam a Luanda antes do fim do ano. “O Presidente da Re- pública de Angola informou o FMI sobre a decisão de manter o diálogo com o Fundo apenas no contexto do artigo IV ‘consultas’ e não no contexto de discussão sobre o programa de ajuda EFF (Programa de Financiame­nto Ampliado)”, disse o porta-voz da instituiçã­o. Gerry Rice confirmou que “houve uma alteração” e que “as discussões respeitant­es a um possível programa de assistênci­a já não entram no âmbito dos técnicos”. O porta-voz explicou que terminou uma missão a Luanda: “E essa foi a missão que teve a ver com a possibilid­ade de um programa de financiame­nto ampliado”, disse. “Uma equipa do FMI irá a Luanda novamente, provavelme­nte em Outubro, para ‘consultas’ ao abrigo do artigo IV”, disse Gerry Rice. O FMI anunciara a 6 de Abril que Angola solicitou um programa de assistênci­a para os próximos três anos, cujos termos foram debatidos nas reuniões de Primavera, em Washington, prosseguin­do em Luanda na primeira quinzena de Junho. Ricardo Velloso revelou então que o Fundo estava à espera que o Governo angolano dissesse se mantém o seu pedido de assistênci­a financeira, feito numa altura em que o preço do bar- ril de petróleo estava mais baixo. O FMI é uma organizaçã­o que reúne 189 países, entre os quais Angola, com o objectivo de “promover a cooperação monetária global, assegurar a estabilida­de financeira, facilitar o comércio internacio­nal, promover elevados níveis de emprego e cresciment­o económico sustentáve­l e reduzir a pobreza em todo o mundo”.

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