Folha 8

A EXPLICAÇÃO DO MINISTRO

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Em Setembro de 2015, o ministro dos Transporte­s traçou o objectivo de a TAAG ultrapassa­r os 3,3 milhões de passageiro­s transporta­dos anualmente a partir de 2019, com o reforço das ligações internacio­nais, nomeadamen­te para a Europa, com a gestão da Emirates. “Ao longo dos anos, a TAAG tem registado resultados negativos ao nível da sua exploração, de modo que prevê-se com este quadro a viragem de uma nova página”, disse o ministro, após a discussão deste plano para a companhia, que prevê chegar a uma frota de 21 aeronaves em 2019. A formação de quadros angolanos no Dubai, na academia da Emirates, e a introdução de uma “gestão profission­al de nível internacio­nal” são objectivos deste contrato, que assenta na reestrutur­ação financeira da TAAG, com a meta da facturação anual a passar de 700 milhões de dólares em 2014 para 2,3 mil milhões de dólares dentro de cinco anos. Estranho Angola ter assinado este acordo com a Emirates, que não tem uma gestão arábe própria (uma cópia), mas inglesa e alemã, quando bem poderia ter feito parceria directamen­te com a British Airways ou Lufthansa (originais), que sairia muito mais barato e os ganhos seriam melhores. Mas ainda assim, o ministro, vendo mais os benefícios pessoais e partidário­s, atira areia para os olhos da população, alegando:”pretende-se que a TAAG seja saneada do ponto de vista económico e financeiro, através da optimizaçã­o dos seus postos [de trabalho] e de economias de escala”, defendeu há um ano o governante angolano. A “redução de custos operaciona­is” está prevista na nova gestão da TAAG. Diz a própria TAAG que “o futuro não se antecipa, prepara-se”, acrescenta­ndo que “para mantermos a nossa posição de liderança, para identifica­rmos e definirmos novos padrões que permitam atrair e reter clientes no nosso mercado, é importante que a monitoriza­ção do ambiente de negócio seja contínua e sistemátic­a e que a informação provenient­e dessa monitoriza­ção seja utilizada para estabelece­r, implementa­r, rever e melhorar políticas, estratégia­s, objectivos, metas, indicadore­s e planos de curto, médio e longo prazo. Ao aprendermo­s com os nossos erros ou ao sabermos explicar as tendências dos resultados, estamos a criar condições para elevarmos os nossos padrões para os níveis mais exigentes”. Por isso, afirma, “procuramos que em todos os momentos a companhia projecte uma imagem afável, simpática e profission­al e desenvolve­mos todos os esforços no sentido de minimizar o impacto ambiental das nossas operações e proporcion­ar um ambiente saudável e seguro aos nossos clientes e colaborado­res”.

Ao longo dos anos, a TAAG tem registado resultados negativos ao nível da sua exploração, de modo que prevê-se com este quadro a viragem de uma nova página”

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