OUTROS CASOS DE PERSEGUIÇÃO
É de relembrar que há alguns meses, a cidadã Mónica Almeida, esposa do activista Luaty da Silva Beirão, também foi raptada por homens trajados com uniformes da Polícia Nacional, que chegaram a perguntar-lhe se a sua viatura tinha GPS. Após denúncias nas redes sociais, Mónica Almeida, cujo telefone estava incomunicável, apareceu depois de cerca de 4 horas. Feita a denúncia, a Polícia Nacional negou que tal acto foi perpetrado por seus agentes, tendo inclusive afirmado que Mónica Almeida apresentou nome de uma falecida agente da Polícia. Contra os familiares dos jovens do processo dos 15+2, registaram-se também os casos da irmã do activista Nuno Álvaro Dala, Gertrudes Dala, que foi assaltada por alegados marginais, o activista Fernando Tomás, conhecido por “Nicolas, Oradical”, foi vítima de agressões por um grupo de jovens desconhecidos. No mês de Outubro, o cidadão Benedito Jeremias Dalí, também um dos activistas do processo dos 15+2, viu-se impedido de realizar o seu recadastramento na qualidade de funcionário público, na Direcção Provincial da Geologia e Minas, na província do Moxico. Segundo Benedito Dalí, foi-lhe esclarecido que estava a ser impedido de se recadastrar por ordens do presidente da República, José Eduardo dos Santos, do ministro de Estado e chefe da Casa Civil do presidente da República, Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, e do chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM), António José Maria “Zé Maria”. Benedito Jeremias Dalí foi recadastrado após várias denúncias nas redes sociais e nos órgãos de comunicação social.