SOCIALISTAS EUROPEUS LAMENTAM
Os Socialistas Europeus consideram que foi “um dia triste para todo o mundo” com a eleição do candidato presidencial norte-americano Donald Trump, que classificam como “a expressão de um vírus” que infectou as sociedades, nos Estados Unidos e na Europa. De acordo com o líder dos Socialistas Europeus no Parlamento Europeu, Gianni Pittella, “o resultado da eleição terá um impacto significativo no futuro de todo o mundo” e “este terramoto muda tudo”. “Agora a questão que en- frentamos é: será a Europa levada a reformar-se e a tornar-se finalmente um anticorpo capaz de equilibrar e lutar contra este vírus”, questiona Pittella, num comunicado divulgado em Bruxelas após conhecida a vitória de Donald Trump, que, reforçou, é “assustadora”. O mesmo responsável acrescenta que, apesar das declarações do candidato republicano durante a campanha eleitoral, os Socialistas Europeus acreditam que “os EUA permanecerão comprometidos com as relações transa- tlânticas” e têm esperança que “respeitem o legado de (Barack) Obama em questões como as alterações climáticas, objectivos de desenvolvimento sustentável e outros desafios comuns”. “Temos de responder ao extremismo de Trump com reformas extremas”, acrescentou o líder da segunda maior família política na assembleia europeia. Por seu turno, o líder do Partido Popular Europeu (PPE), a maior família política no PE, considerou que o resultado das eleições presidenciais norte-americanas deve “despertar a Europa”, até porque agora não se sabe o que esperar do outro lado do Atlântico. “A mensagem é clara: agora cabe à Europa agir. Devemos ter mais autoconfiança e assumir mais responsabilidades. Não sabemos o que esperar dos Estados Unidos (…) Devemos atender às preocupações e receios das pessoas de forma mais séria e dar respostas concretas e realistas. Não podemos deixar o terreno aberto para radicais”, declarou Manfred Weber. No discurso de vitória, Donald Trump garantiu que será o Presidente de todos os americanos e que é hora de os norte-americanos curarem as feridas da divisão e se juntarem “m povo unido”