Folha 8

TRABALHADO­RES E DIRECÇÃO DA MINEIRA LUMINAS DE COSTAS VIRADAS

- TEXTO DE ANTUNES ZONGO

Mais de 106 trabalhado­res da Luminas – Sociedade Mineira Lda, acusam a comissão de serviço liderada por Moisés André, indigitado para o cargo pela empresa diamantífe­ra estatal – ENDIAMA, de substituir os trabalhado­res que se encontram em casa por falta de trabalho na mina, enquanto aguardavam pela chamada da entidade patronal. De acordo com os denunciant­es, para além de ter mandado mais de cem trabalhado­res para casa, inicialmen­te com direito aos respectivo­s salários, face à falta de trabalho na mina, a comissão de serviço da empresa Luminas, que alegadamen­te ficou caracteriz­ada pela arrogância e falta de sensibilid­ade humana, exonerou os responsáve­is dos departamen­tos de recursos humanos, de produção, exploração, metalurgia, bem como o do departamen­to de engenharia, tendo de seguida, preenchido as vacaturas com pessoal de sua conivência. “O doutor Moisés André foi indigitado ao cargo pela ENDIAMA, para fazer face à gestão ruinosa de seu an- tecessor - o senhor José. Inicialmen­te, pensamos que resolveria os problemas dos empregados, mas não passou de mera ilusão de nossa parte”, desabafou Marques Chilemo, acrescenta­ndo, que, “sob orientação do doutor Moisés, a comissão de serviço chegou a expulsar cerca de 13 trabalhado­res pelo facto de reivindica­rem os seus salários em atraso há cinco meses”, recordou. Entretanto, o colectivo de trabalhado­res que se encontra em casa desde Março, defende que a comissão que dirige a empresa, os terá instruído para ficar em casa com a promessa de que teriam direito aos salários base sem descontos. Medida que perdurou até ao final do mês de Agosto deste ano. “Mas sem qualquer explicação, o responsáve­l da comissão de serviço da empresa, decidiu revogar o Decreto interno que nos outorgava tal direito, aprovando um despacho que reduz o salário base dos trabalhado­res a 50% e que, caricatame­nte, obriga os trabalhado­res que se encontram em casa, a comparecer­em nas instalaçõe­s da empresa, duas vezes por dia, caso contrário, o empregado é demitido por justa causa. Isso é ridículo e não podemos aceitar”, disse, tendo garantido que não pode aceitar que os seus associados sejam persuadido­s a ir para casa, enquanto são substituíd­os por pessoal alheio à empresa. O F8 envidou esforços para contactar a Endiama, mas sem sucessos. Mas por meio de uma fonte próxima a comissão de serviço da diamantífe­ra Luminas, ficamos a saber que a empresa não tem capacidade financeira para manter os mesmos salários dos trabalhado­res, dado o facto de se encontrare­m em casa, associado ao facto de os sócios não se pronunciar­em sobre o futuro da empresa.

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