TRABALHADORES E DIRECÇÃO DA MINEIRA LUMINAS DE COSTAS VIRADAS
Mais de 106 trabalhadores da Luminas – Sociedade Mineira Lda, acusam a comissão de serviço liderada por Moisés André, indigitado para o cargo pela empresa diamantífera estatal – ENDIAMA, de substituir os trabalhadores que se encontram em casa por falta de trabalho na mina, enquanto aguardavam pela chamada da entidade patronal. De acordo com os denunciantes, para além de ter mandado mais de cem trabalhadores para casa, inicialmente com direito aos respectivos salários, face à falta de trabalho na mina, a comissão de serviço da empresa Luminas, que alegadamente ficou caracterizada pela arrogância e falta de sensibilidade humana, exonerou os responsáveis dos departamentos de recursos humanos, de produção, exploração, metalurgia, bem como o do departamento de engenharia, tendo de seguida, preenchido as vacaturas com pessoal de sua conivência. “O doutor Moisés André foi indigitado ao cargo pela ENDIAMA, para fazer face à gestão ruinosa de seu an- tecessor - o senhor José. Inicialmente, pensamos que resolveria os problemas dos empregados, mas não passou de mera ilusão de nossa parte”, desabafou Marques Chilemo, acrescentando, que, “sob orientação do doutor Moisés, a comissão de serviço chegou a expulsar cerca de 13 trabalhadores pelo facto de reivindicarem os seus salários em atraso há cinco meses”, recordou. Entretanto, o colectivo de trabalhadores que se encontra em casa desde Março, defende que a comissão que dirige a empresa, os terá instruído para ficar em casa com a promessa de que teriam direito aos salários base sem descontos. Medida que perdurou até ao final do mês de Agosto deste ano. “Mas sem qualquer explicação, o responsável da comissão de serviço da empresa, decidiu revogar o Decreto interno que nos outorgava tal direito, aprovando um despacho que reduz o salário base dos trabalhadores a 50% e que, caricatamente, obriga os trabalhadores que se encontram em casa, a comparecerem nas instalações da empresa, duas vezes por dia, caso contrário, o empregado é demitido por justa causa. Isso é ridículo e não podemos aceitar”, disse, tendo garantido que não pode aceitar que os seus associados sejam persuadidos a ir para casa, enquanto são substituídos por pessoal alheio à empresa. O F8 envidou esforços para contactar a Endiama, mas sem sucessos. Mas por meio de uma fonte próxima a comissão de serviço da diamantífera Luminas, ficamos a saber que a empresa não tem capacidade financeira para manter os mesmos salários dos trabalhadores, dado o facto de se encontrarem em casa, associado ao facto de os sócios não se pronunciarem sobre o futuro da empresa.