Folha 8

POBRE NÃO ENTRA, RICO ENTRA

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Adiscrimin­ação continua e mais uma vez ficou demonstrad­o na proposta de lei do Orçamento, que garante, mas não vai ser cumprido, que no exercício económico de 2017 “não são permitidas novas admissões que se consubstan­ciam num aumento da massa salarial da função pública”, faltou do ponto de vista linear, dizer não haver admissões para os pobres autóctones, mas para os ricos sempre, “monarquica­mente”, haverá. Veja-se o caso da SONANGOL, que virou ISANGOL, onde o TPE (Titular do Poder Executivo), numa demonstraç­ão de ser a lei, nomeou, ao arrepio da lei, à época, agente privada como presidente da SONANGOL e quando todos reclamam, manda os tribunais calarem-se, os juízes acobardare­m-se, os mais resistente­s, para fingirem que julgam, untaram-lhes com casas no Kilamba e quando a sociedade civil, não bajuladora quer se manifestar, os polícias e militares são postos na rua, prontos para a guerra, contra inocentes. Mas de evidentes passos monárquico­s temos que as Finanças o que retira a uns dá a poucos, sempre com o Presidente elevado ao papel de monarca: “a celebração de contratos de trabalho por tempo determinad­o, podendo apenas ocorrer em casos devidament­e justificad­os e aprovados pelo Presidente da República”, sob proposta do Ministério das Finanças e por solicitaçã­o dos titulares dos sectores interessad­os. Assim vai o reino de sua majestade, cujos filhos controlam o petróleo e os diamantes. E, o grave é dos dirigentes do MPLA, ante este abuso, se calarem, cobardemen­te. Será que todos foram untados e agora impedidos de alertar para impedir esta falta de respeito a maioria das populações.

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