POBRE NÃO ENTRA, RICO ENTRA
Adiscriminação continua e mais uma vez ficou demonstrado na proposta de lei do Orçamento, que garante, mas não vai ser cumprido, que no exercício económico de 2017 “não são permitidas novas admissões que se consubstanciam num aumento da massa salarial da função pública”, faltou do ponto de vista linear, dizer não haver admissões para os pobres autóctones, mas para os ricos sempre, “monarquicamente”, haverá. Veja-se o caso da SONANGOL, que virou ISANGOL, onde o TPE (Titular do Poder Executivo), numa demonstração de ser a lei, nomeou, ao arrepio da lei, à época, agente privada como presidente da SONANGOL e quando todos reclamam, manda os tribunais calarem-se, os juízes acobardarem-se, os mais resistentes, para fingirem que julgam, untaram-lhes com casas no Kilamba e quando a sociedade civil, não bajuladora quer se manifestar, os polícias e militares são postos na rua, prontos para a guerra, contra inocentes. Mas de evidentes passos monárquicos temos que as Finanças o que retira a uns dá a poucos, sempre com o Presidente elevado ao papel de monarca: “a celebração de contratos de trabalho por tempo determinado, podendo apenas ocorrer em casos devidamente justificados e aprovados pelo Presidente da República”, sob proposta do Ministério das Finanças e por solicitação dos titulares dos sectores interessados. Assim vai o reino de sua majestade, cujos filhos controlam o petróleo e os diamantes. E, o grave é dos dirigentes do MPLA, ante este abuso, se calarem, cobardemente. Será que todos foram untados e agora impedidos de alertar para impedir esta falta de respeito a maioria das populações.