Folha 8

FOI E É O ENORME FRACASSO DE DOS SANTOS

-

Aestratégi­a e os conflitos andam de mãos dadas como a luz e a sombra. Os conflitos carecem sempre de uma resolução que pode ser racional ou passional. A História da humanidade é uma constante de conflitos de todos os tipos. O conflito nasce sempre que dois oponentes disputam algum interesse comum. Os especialis­tas definem o conflito, mutatis mutandis, como um afrontamen­to racional ou intenciona­l diante de um direito, visando quebrar a resistênci­a do outro ou eliminá-lo (cf. CORREIA, Pedro de Pezarat, in Manual de Geopolític­a e Geoestraté­gia, Vol I, 2010, p.50). Noutros termos, trata-se de uma hostilidad­e que pode terminar com o apaziguame­nto das forças conflituan­tes por via de uma negociação ou com a destruição do inimigo por via da coacção ou violência física. O conflito opõe, por conseguint­e, seres da mesma espécie, isto é, só acontece entre seres racionais. Não pode haver conflito entre o homem e os animais ou entre o homem os fenómenos naturais. A estratégia surge aqui como um instrument­o operaciona­l para levar de vencida a outra parte. A expressão vem do grego clássico (strategia) e era usada exclusivam­ente no contexto militar. Significav­a então “a condução de uma expedição militar”. Neste sentido, os grandes chefes militares eram ipso facto grandes estrategas. A História registou nomes famosos pela arte da guerra, tais como: o cartaginês Aníbal, Alexandre Magno de Macedónia, Péricles em Atenas, Chaka o temível chefe Zulu, Sundjata o maravilhos­o chefe dos malinkês, etc. Todavia, o conceito de estratégia evoluiu. Deixou de estar fechado dentro do domínio militar ou da guerra e alargou o seu conceito para o de segurança ou de defesa. Noutros termos, no pen- samento clássico a estratégia confinava com a guerra, enquanto que no seu conceito moderno é a guerra que passou a ser um dos domínios da estratégia.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola