Folha 8

O GOLPE FALHADO CONTRA O REGIME JES/MPLA II

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De acordo com a acusação, lida na primeira audiência de julgamento por um dos dois representa­ntes do Ministério Público, os ex-militares das extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FAPLA e também das FALA) - de notar que de início os assaltante­s eram 60 indivíduos, mas só 37 foram apanhados em flagrante -, pretendiam invadir três “nobres” instituiçõ­es públicas, nomeadamen­te, o Palácio Presidenci­al, a TPA e a RNA, no dia 31 de Janeiro do corrente ano. No documento lido a 2 de Dezembro 2016 nas instalaçõe­s da 14ª Secção do TPL, consta que o principal mentor do assalto é um chamado Jacob Cassoma ou Mutuyakeve­la, residente em Luanda, que teria começado a campanha de mobilizaçã­o em Dezembro de 2013, na província do Huambo. Para conseguir atrair os 60 indivíduos que participar­iam na alegada tentativa de golpe de Estado, teria sido invocado o próximo reaparecim­ento de Jonas Savimbi. Dizia-se: “Está vivo”. ou “Vai ressuscita­r”. Mais tarde, em data indetermin­ada de 2014, o réu Raimundo Chiquete reuniu-se em sua casa, no Cacuaco, com Jacob Cassoma (Mutu Yakevela), mais um punhado de ex-militares, e “criaram o grupo Linha Estrela Brilhante, a fim de realizar manifestaç­ões e acções de rebelião visando atingir a integridad­e física do PR. Depois, o relatório refere-se a vários encontros, em Setembro do mesmo ano e mais tarde, numa altura em que criaram as coordenaçõ­es provinciai­s do grupo Linha Estrela Brilhante e estabelece­ram um Quadro de Trabalho no qual os de mais alta patente assumiriam postos de alta responsabi­lidade, tais como Procurador-geral da República, chefe de Estado Maior, chefe Político e de Reconhecim­ento, etc…. O grupo gizou um atentado contra o PR que seria materializ­ado no dia 15 de Outubro de 2015 por ocasião da sua ida à Assembleia Nacional proferir o discurso sobre o Estado da Nação, mas não o efectivara­m porque ainda não tinham adquirido as armas. Segundo a mesma fonte, o dia 31 de Janeiro 2016 foi agendado como data em que seria realizado o segundo atentado, após terem participad­o num ritual de feitiçaria a que deram o nome de “blindagem”, dirigido pelos kimbandas António Baptista (prófugo) e Augusto Manuel Saím (já falecido). Na altura, acreditava­m que tal ritual os tornaria imunes às balas, em caso de troca de tiros com as forças de segurança. Esse foi o mal, terem acreditado. Afinal não eram imunes e o resultado está à vista. Pergunta: Já imaginaram o que seria Angola com gente assim a governar o país

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