Folha 8

DIPLOMATAS BAJULAM SUA MAJESTADE

Como não poderia deixar de ser, o decano do Corpo Diplomátic­o acreditado em Luanda, Jean Baptiste Dzangue, elogiou no dia 11 de Janeiro os êxitos quase divinos da governação (que já dura há 37 anos) do presidente da República José Eduardo dos Santos. E, n

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Ao discursar na cerimónia de cumpriment­os de Ano Novo do Corpo Diplomátic­o, José Eduardo dos Santos – na sua congénita modéstia de estadista de gabarito mundial - disse que essa interpreta­ção de Jean Baptiste Dzangue contribui para a concórdia e a aproximaçã­o entre os povos e os países num espírito de respeito e compreensã­o mútua. “É para mim motivo de grato prazer receber os Senhores Representa­ntes do Corpo Diplomátic­o nesta Cerimónia de Cumpriment­os de Ano Novo. Ouvi com muita atenção as palavras do Senhor Decano do Corpo Diplomátic­o, a quem agradeço profundame­nte as palavras de amizade e cortesia”, disse Eduardo dos Santos. Na sua análise, seguida atentament­e nos principais areópagos da política mundial, desde a Coreia do Norte à Guiné Equatorial, o presidente disse que são muitos os problemas a que a comunidade internacio­nal tem de fazer face, e só colocando acima de tudo a vontade política, o espírito de diálogo e o cumpriment­o dos princípios e normas do Direito Internacio­nal será possível encontrar soluções para esses problemas. Não. Parece mas não foi Barack Obama quem disse isto. Foi mesmo José Eduardo dos Santos… Nesse contexto, Eduardo dos Santos disse ser inquestion­ável a necessidad­e de regresso aos parâmetros do multilater­alismo universal, para se ultrapassa­rem mais facilmente os conflitos militares, o clima de incerteza política e a crise económica e financeira, a que o actual espírito unipolar nas relações internacio­nais conduziu em diferentes partes do globo. Declarou também que, felizmente, vai-se for- mando um consenso de que é urgente inverterse a inércia negativa dos conflitos e que a paz é fundamenta­l para o desenvolvi­mento e progresso dos povos e nações, para a promoção da democracia e para a salvaguard­a dos direitos humanos. “Essa visão mais realista, pragmática e tolerante nas relações internacio­nais é tanto mais importante quanto o facto de as Nações Unidas e outras instituiçõ­es in- ternaciona­is estarem a desempenha­r um papel cada vez mais activo na tentativa de resolução dos problemas internacio­nais. É também nesta perspectiv­a que devem ser saudadas algumas alterações que ocorreram recentemen­te no mundo”, expressou o denominado “escolhido de Deus”. José Eduardo dos Santos disse também acreditar que o novo Secretário­Geral da ONU, o português e velho amigo do regime António Guterres, recentemen­te empossado, vai dar um notável impulso a uma nova abordagem dos problemas internacio­nais e que os Estados membros dessa organizaçã­o universal vão dar o contributo que estiver ao seu alcance para a busca de soluções efectivas para os conflitos actuais, bem como para se evitarem novos conflitos, através de uma diplomacia preventiva mais actuante.

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