MINISTÉRIO DA SAÚDE AMEAÇA PROCESSAR JUDICIALMENTE “TÉCNICOS CANDONGUEIROS”
OMinistério da Saúde promete processar todos os profissionais; enfermeiros, médicos ou administrativos, que forem apanhados ou denunciados como vendedores da vacina BCG, nas suas unidades sanitárias, aos pacientes. Simples. Na edição do dia 30.12.17 publicamos uma matéria intitulada, “Técnicos de Saúde comercializam vacina BCG por três mil KZ”, onde várias parturientes denunciaram essa realidade. Recorde-se que a vacina “Bacilo de Calmette e Guérin”, mais conhecida por BCG, é de capital importância para a saúde do ser humano, por isso mesmo é o primeiro fármaco, senão dos primeiros, a ser administrado aos recém-nascidos para os proteger das infecções e da tuberculose. Ainda assim, tendo conhecimento científico da sua importância, alguns profissionais de saúde, não se coibiram de explorar a fraqueza e necessidade alheia, para fazer negócio, com produto público, colocado à sua disposição, nas unidades sanitárias do Estado, numa altura em que a BCG escasseava nos stocks. “Não há nada mais o que fazer a não ser comprar. Essa é a principal vacina de um bebé, podes até ignorar outras, mas esta não!”, defendia uma jovem mãe na edição anterior do F8 que havia constatado a escassez da vacina, em todas maternidades e centros de saúde. O clamor da população, ganhou corpo com a notícia, numa clara demonstração de há que sempre alguém, no executivo, que lê a informação de F8. E foi o que fez, pois num toque de mágica, entrou em campo, não para rebater o F8 (como tem sido vergonhosamente habitual), mas para reverter a crítica situação que se vivia e contribuía para o gráfico de mortalidade infantil, adquirindo e distribuindo cerca de 25 mil ampolas de vacina BCG às maternidades e centros de saúde, facto que alegrou as utentes que já estão a acorrer aos hospitais para vacinar os seus novos rebentos. Por tudo isso, face a este esforço, numa altura de escassez de divisas, a directora Provincial de Saúde de Luanda, Rosa Bessa, avisou os profissionais que forem apanhados a comercializar os referidos fármacos que serão sancionados, judicial e criminalmente.