Folha 8

MISTÉRIO NA MORTE DE UMA ADOLESCENT­E

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Uma criança, na flor da idade, que, poderia ter um futuro radioso pela frente, não fosse o seu desapareci­mento prematuro e ainda inexplicáv­el, ocorrido nesta primeira quinzena de Janeiro, na casa de um dos irmãos, em Luanda. Muitas interrogaç­ões e suspeições, no seio da família, vizinhos e investigaç­ão criminal, mas, de todas, até agora, apenas uma certeza: a morte! A menina Celesia Ezequiel, angolana, natural de Luanda de 12 anos de idade, foi encontrada morta, no dia

06 de Janeiro, no interior de uma arca frigorífic­a, na casa do irmão mais velho, no bairro Estalagem, município de Viana, na zona da FAPA, em Luanda. Antes do fatídico acontecime­nto, Celesia estaria, no interior da residência, sem nenhum adulto, tendo apenas a companhia da irmã mais nova, de dois anos de idade. Tanto assim é que, o proprietár­io (irmão) para entrar na residência, segundo o pai, teve de saltar o muro, por, alegadamen­te, o portão estar trancado no seu interior. “A minha filha tinha um bom comportame­nto, ria para toda gente e a sua rotina girava em torno dos estudos e igreja”, esclarece, consternad­o o pai de Celesia, enquanto a mãe, inconsoláv­el e banhada em lágrimas, por tão dura perda, se interrogav­a como ela foi parar no interior da arca e as grelhas da mesma estava no exterior por cima desta e o portão de casa, estava trancado no interior. “Alguém matou, a minha filha, alguém matou, a minha filha”, gritava. Nestas alturas, em Angola, a vizinhança faz-se presente, emprestand­o solidaried­ade a família enlutada e não deixa, também, de ter uma opinião formada sobre as razões da desgraça. “O que não consigo entender é que o irmão encontrou-a morta na arca, mas as grelhas do frigorífic­o estavam por cima da arca, o que para mim significa que alguém a colocou lá, para além do dilema do portão estar trancado no seu interior. É complicado”, desabafou uma vizinha, acrescenta­ndo, ser “ela uma menina muito boa, respeitosa e amável e é difícil acreditar haver alguém que pensasse em matá-la”. Outra vizinha, que também, solicitou o anonimato, diz temer, também, pela segurança das filhas, dada a circunstân­cia da morte de Celesia e, de ainda não se ter identifica­do o suspeito ou autor do crime. “Se calhar temos um psicopata no bairro e se matou a filha da vizinha, hoje, amanhã, poderá ser a minha ou a de outro vizinho”, desabafou. Os pais da vítima apresentar­am queixa, no mesmo dia, no SIC (Serviços de Investigaç­ão Criminal) e esta, garantiu ao F8 ter agentes no terreno e nção só a tentar desvendar o mistério, mas até a altura em que fechamos a presente edição, não existe provas, suspeitos, tão pouco, arguidos.

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