MISTÉRIO NA MORTE DE UMA ADOLESCENTE
Uma criança, na flor da idade, que, poderia ter um futuro radioso pela frente, não fosse o seu desaparecimento prematuro e ainda inexplicável, ocorrido nesta primeira quinzena de Janeiro, na casa de um dos irmãos, em Luanda. Muitas interrogações e suspeições, no seio da família, vizinhos e investigação criminal, mas, de todas, até agora, apenas uma certeza: a morte! A menina Celesia Ezequiel, angolana, natural de Luanda de 12 anos de idade, foi encontrada morta, no dia
06 de Janeiro, no interior de uma arca frigorífica, na casa do irmão mais velho, no bairro Estalagem, município de Viana, na zona da FAPA, em Luanda. Antes do fatídico acontecimento, Celesia estaria, no interior da residência, sem nenhum adulto, tendo apenas a companhia da irmã mais nova, de dois anos de idade. Tanto assim é que, o proprietário (irmão) para entrar na residência, segundo o pai, teve de saltar o muro, por, alegadamente, o portão estar trancado no seu interior. “A minha filha tinha um bom comportamento, ria para toda gente e a sua rotina girava em torno dos estudos e igreja”, esclarece, consternado o pai de Celesia, enquanto a mãe, inconsolável e banhada em lágrimas, por tão dura perda, se interrogava como ela foi parar no interior da arca e as grelhas da mesma estava no exterior por cima desta e o portão de casa, estava trancado no interior. “Alguém matou, a minha filha, alguém matou, a minha filha”, gritava. Nestas alturas, em Angola, a vizinhança faz-se presente, emprestando solidariedade a família enlutada e não deixa, também, de ter uma opinião formada sobre as razões da desgraça. “O que não consigo entender é que o irmão encontrou-a morta na arca, mas as grelhas do frigorífico estavam por cima da arca, o que para mim significa que alguém a colocou lá, para além do dilema do portão estar trancado no seu interior. É complicado”, desabafou uma vizinha, acrescentando, ser “ela uma menina muito boa, respeitosa e amável e é difícil acreditar haver alguém que pensasse em matá-la”. Outra vizinha, que também, solicitou o anonimato, diz temer, também, pela segurança das filhas, dada a circunstância da morte de Celesia e, de ainda não se ter identificado o suspeito ou autor do crime. “Se calhar temos um psicopata no bairro e se matou a filha da vizinha, hoje, amanhã, poderá ser a minha ou a de outro vizinho”, desabafou. Os pais da vítima apresentaram queixa, no mesmo dia, no SIC (Serviços de Investigação Criminal) e esta, garantiu ao F8 ter agentes no terreno e nção só a tentar desvendar o mistério, mas até a altura em que fechamos a presente edição, não existe provas, suspeitos, tão pouco, arguidos.