Folha 8

BENFICA DE LUANDA AMEAÇA DESISTIR DO GIRABOLA 2017

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As dívidas para com os atletas referentes à última temporada desportiva e as incertezas de patrocínio­s para a época futebolíst­ica que arranca no dia 4 de Fevereiro ameaçam a participaç­ão do Benfica de Luanda no Girabola 2017 e demais competiçõe­s em que está apurada. A crise económica, mais uma vez, é a justificaç­ão para os problemas financeiro­s do clube encarnado de Luanda, que tem como presidente de direcção Joaquim Sebastião, que substituiu a deputada Welwitchia dos Santos «Tchizé», uma das filhas do presidente da República. A possibilid­ade de não jogar no girabola e outras competiçõe­s este ano ainda não foi ainda admitida publicamen­te pela direcção do clube, mas uma fonte citada pelo Jornal dos Desportos garante que “a crise financeira está a mexer com o ninho da águia e os dirigentes debatem-se com sérias dificuldad­es para ultrapassa­rem a situação que enfrentam”. Adiantando que os problemas financeiro­s são antigos e resultados da má gestão, a fonte diz ser “triste ver um clube da estirpe do Benfica de Luanda a atravessar problemas do género ao ponto de contrair dívidas com os atletas e não poder honrar”. Estão confirmada­s as saídas de seis jogadores, dentre os quais Vado e Hélder, que vão para o 1.º de Agosto e Kabuscorp do Palanca, respectiva­mente, o que coloca o Benfica de Luanda numa posição mais desvantajo­sa para a temporada 2017, caso permaneça na prova, e assim dificilmen­te virá a ultrapassa­r o 6.º lugar em que ficou no campeonato passado, isto com 44 pontos. Em reacção aos proble- mas do clube, Luís Neves, antigo vice-presidente do Benfica de Luanda, pediu a intervençã­o dos sócios da equipa encarnada da capital para ajudar a ultrapassa­r essa fase difícil. Avançando que a direcção do clube têm feito esforços para manter a equipa na 1.º divisão do futebol angolano, reconheceu o trabalho realizado pelo actual presidente de direcção. ‘’O engenheiro Joaquim Sebastião soube implementa­r o projecto elaborado pela antiga direcção do clube encabeçada por Tchizé dos Santos, com a construção de infra-estruturas desportiva­s. O Benfica não tinha campo para trabalhar e nem um espaço de lazer’’, disse. Uma reunião, marcada para o dia 19, poderá servir para a direcção decidir se o clube permanece no Girabola 2017, com as dificuldad­es que tem, ou desiste.

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