SOBRE OS ARTISTAS
ANA SILVA nasceu em Luanda em Angola. Fez um Workgroups de pintura e escultura dirigido por Hart Berg no Elinga Teatro em Luanda. Frequentou o curso superior de desenho e pintura do AR.CO, em Lisboa. Expõe frequentemente desde 2000. Em EU EM ANGOLA, a artista faz uma reflexão em torno da mistura de etnias, visível na sociedade actual. A mistura que provocou a transformação física e também da identidade do angolano e do europeu. BINELDE HYRCAN nasceu em Luanda em 1982, no seio de uma família, entre treze irmãos. A guerra em Angola marcou-o profundamente. Cedo sentiu o desejo de construir muros para se proteger do mundo exterior adverso. Com dez anos, construiu uma bicicleta gigante de sucata de ferro que recolheu na rua. Deu asas ao seu espírito criativo em França onde estudou artes. Em EU EM ANGOLA, o artista apresenta uma instalação que explora a recente saída da Grã-bretanha da União Europeia e sua repercussão
noutros países, quer dentro quer fora do espaço europeu. DÉLIO JASSE nasceu e passou a infância e adolescência em Luanda. Com 18 anos de idade radicouse em Lisboa, onde tomou contacto com vários ateliers de serigrafia. Em 2009, recebeu o Prémio ANTECIPARTE com a série “Identidade Poética” exposta no Museu do Oriente. Já participou em exposições individuais e colectivas em vários países, designadamente Angola, Portugal, Brasil, Reino unido, EUA e Alemanha. Em “EU EM ANGOLA”, o artista criou uma obra composta por duas imagens sobrepostas (um retrato e uma paisagem), que retratam a vida dos portugueses em Angola antes da independência. Dessa sobreposição surge uma imagem nova com um sentido diferente do sentido de cada uma das duas imagens originais. FRANÇOIS BEAURAIN nasceu em Bordeaux em França em 1976. actualmente, divide o seu trabalho entre Paris e Rabat. É um artista autodidacta multifacetado que trabalha com fotografia, mas também desenho, colagens e esculturas. É doutorado em Biologia e trabalha em mudanças climáticas, paralelamente à actividade artística. Em EU EM ANGOLA, o artista exploração o termo “Chefe” utilizado pelos liberianos para designar o “branco”. Ironiza com os hábitos dos expatriados que vivem em mundos fechados, desligados da realidade de África. Destaca os estereótipos das relações entre África e o Ocidente, denunciando a recorrente posição subalterna dos africanos. JANUÁRIO JANO nasceu em Luanda em 1979. Desde cedo desenvolveu a prática de criar imagens, designadamente pintando murais e recolhendo e recortando jornais e revistas. Estudou na Grã Bretanha onde concluiu uma pós-graduação em artes na London Met- ropolitan University. Em EU EM ANGOLA, o artista, partindo da sua experiência pessoal, explora as diferenças culturais entre África e Europa. A procura de uma identidade está patente no seu trabalho, que pode ser descontextualizado de qualquer lugar. JOÃO ANA e ELEPÊ são dois músicos nascidos em Luanda, que sofreram influências do movimento rock da década 90. Em 2014, os dois artistas iniciaram um trabalho conjunto de produção áudiovídeo-experimental. Em EU EM ANGOLA, os artistas apresentam uma performance, onde exploram um conjunto de sons produzidos com recurso a instrumentos europeus e africanos, procurando gerar nos espectadores uma falsa realidade, que os transporta para uma outra dimensão espaço sensorial. KEYEZUA nasceu em Angola, mas viveu parte da sua adolescência e juventude na Grã Bretanha e mais tarde na Holanda. Em EU EM ANGOLA, a artista desenvolve a reflexão sobre o papel da arte como factor de desenvolvimento sustentável. Alertando para a necessidade de envolver os criadores, no mesmo plano de outros actores, na procura de soluções para os problemas que afectam a sociedade, no objectivo de promover um desenvolvimento sustentável. KILUANJI KIA HENDA nasceu em Angola em 1979, onde vive e trabalha. Desde cedo tomou contacto com o mundo das artes, particularmente a fotografia, a música e o teatro. Tem um percurso artístico internacional e ganhou o Prémio Nacional Cultura e Artes em 2012. Em EU EM ANGOLA, o artista apresenta uma fotomontagem composta por uma fotografia em formato de estrela com um retrato do artista a realizar uma performance. Procura questionar o paternalismo pós–colonial e a relação esquizofrénica entre a Eu- ropa e África, entre programas de caridade e o comércio de armamento, a partilha de crenças religiosas e um racismo latente. RITA GT nasceu em Portugal e viveu durante algum tempo em Angola. A simbologia colonial, a que recorre frequentemente, define a sua identidade e a sua linguagem artística. Em EU EM ANGOLA, a artista conta uma história de amor entre uma portuguesa e um angolano que geraram um filho chamado eurokwanza. Desenvolve narrativa artística onde faz a apologia de valores como o amor, a liberdade, a cooperação e harmonização de interesses entre a União Europeia e África.