SIC ILIBA MOSSAD NA MORTE DE UM LIBANÊS
APolícia angolana apresentou quatro presumíveis autores do homicídio de um libanês, ocorrido a 1 de Janeiro, em Luanda, negando o envolvimento dos serviços secretos de Israel, a Mossad, neste caso, como denunciou anteriormente o Presidente do Líbano. Mossad que há muito “trabalha” com o regime de José Eduardo dos Santos. “Em função das nossas investigações, estão descartadas quaisquer possibilidades de terem sido outras forças a terem cometido esse crime. As nossas investigações nunca estiveram debruçadas pelas informações que foram veiculadas, nós desde muito cedo nos apercebemos que estamos diante de um crime muito normal”, disse o director do Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Luanda, Amaro Neto. O responsável falava em conferência de imprensa no Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional e explicou que o cidadão libanês, Amine Bakri, foi morto “por ter reagido ao assalto”, o que, alertou, “deve ser evitado” pelos cidadãos, nestes casos. O crime, de acordo com a informação do SIC de Luanda, foi protagonizado por quatro elementos com idades compreendidas entre os 17 e 26 anos, e as operações no terreno aconteceram entre os dias 11 e 17 de Janeiro, tendo sido detidos dois suspeitos em Luanda, um em Benguela e outro na província de Malange. “Torna-se imperioso também destacar que o móbil do crime longe de outras conotações visou essencialmente o roubo de valores monetários ou outros bens de valores que o finado eventualmente pudesse ter na altura, susceptíveis de serem comercializados”, esclareceu o director do SIC de Luanda. Amine Mohamed Bakri, cidadão libanês de 53 anos, foi baleado no dia 1 de Janeiro, próximo do seu local de trabalho, no município de Cacuaco, arredores de Luanda e acabou por falecer numa unidade hospitalar da capital angolana. O Presidente do Líbano, Michel Aoum, manifestou anteriormente a convicção que os serviços secretos de Israel, a Mossad, foram responsáveis pela recente morte, em Luanda, do seu compatriota. O líder libanês, segundo a imprensa local, não adiantou a motivação para a alegada intervenção da Mossad neste caso, sendo apenas conhecida a rivalidade e clima de conflito entre o Líbano e Israel. “Para a materialização dos seus intentos criminais estes utilizarem como recurso a uma pistola que se encontra já aprendida nos autos, que os mesmos após investigação confessaram terem sido entregue por uma militar das Forças Armadas Angolanas”, acrescentou por seu turno Amaro Neto. O director do SIC de Luanda assegurou ainda na ocasião que estão a ser encetadas diligências suplementares com vista a recolher outros elementos de prova para o total esclarecimento do crime. “Somos um órgão competente e estamos aqui para resolver, para tratar as questões de investigação sem que haja qualquer interferência de outras forças estrangeiras”, garantiu. Relembre-se que o Presidente do Líbano, Michel Aoum, manifestou no passado dia 4 a convicção de que os serviços secretos de Israel, a Mossad, estiveram na origem deste homicídio. A declaração de Michel Aoum foi feita, segundo vários órgãos de comunicação social locais, no palácio Baabda, residência oficial do chefe de Estado libanês, adiantando que o ministro dos Negócios Estrangeiros estava a acompanhar o caso. O líder libanês, segundo a notícia do The Daily Star, não adiantou a motivação para a alegada intervenção da Mossad neste caso, sendo apenas conhecida a rivalidade e clima de conflito entre o Líbano e Israel. Em Angola vivem milhares de libaneses, sobretudo pequenos comerciantes.