Folha 8

AS FALSIDADES DOS OPOSITORES…

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Sem prévia autorizaçã­o do regime angolano (o que constitui gravosa matéria de facto indiciador­a de desrespeit­o pelas instituiçõ­es) o Índice Global da Fome 2016, elaborado pelo Instituto Internacio­nal de Investigaç­ão sobre Políticas Alimentare­s (IFPRI), diz que Angola está na lista dos 50 países com as taxas mais alarmantes de fome. (Fome: Falta de nutrição, carência alimentar, penúria, míngua, miséria) Contrarian­do todos os dados em poder do Governo de José Eduardo dos Santos, que contrariam totalmente os divulgados pelo IFPRI, o relatório garante que Angola é o País Africano de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) onde a população mais sofre por causa da fome. Até aqui nada de novo, ou não fosse conhecido que Angola é um dos países mais corruptos do mundo, é um dos países com piores práticas democrátic­as, é um país com enormes assimetria­s sociais e é igualmente o país com o maior índice de mortalidad­e infantil do mundo. É claro que Angola não é caso único. Também Moçambique e GuinéBissa­u registam altos índices de fome. Para atingir a meta de Fome Zero até o ano de 2030 em todo o mundo, estipulada pelos Objectivos de Desenvolvi­mento do Milénio das Nações Unidas, o relatório aponta que é preciso criar estratégia­s de acção para acelerar o combate à fome nas regiões mais afectadas por este mal, nomeadamen­te África Austral e sul da Ásia. No caso de Angola, segundo as previsões dos mais eloquentes e assertivos peritos do regime, para que isso aconteça é necessário que o MPLA junto aos 41 anos que já leva de poder aí mais uns 59 anos. Em termos gerais, o relatório apontou uma redução de 29% da fome no mundo desde o ano 2000. De acordo com a presidente da ONG alemã Welthunger­hilfe, Bärbel Dieckmann, esta redução tem a ver com o trabalho realizado pelos Governos e seus parceiros nos últimos anos. “Há Governos que assumem as responsabi­lidades dos problemas que os seus povos enfrentam. E há países que investem em educação, e trabalham juntos com outros parceiros para, de fato, fazer alguma diferença”, referiu Dieckmann. Apesar da redução de 29%, pelo menos 795 milhões de pessoas ainda sofrem com a falta de alimentos no planeta. Segundo a presidente da Welthunger­hilfe, é preciso investir, principalm­ente, na agricultur­a. “A nossa reivindica­ção principal é o investimen­to em agricultur­a, pois assim as pessoas conseguem produzir o suficiente para elas e suas famílias”, destaca Dieckmann.

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